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Sistema Cantareira continua em queda e registra 8% da capacidade

Capacidade do Cantareira não sofreu redução | Luis Moura/Folhapress
Nível do Cantareira chegou a 8,1% no domingo | Luis Moura/Folhapress

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O nível nos reservatórios do Sistema Cantareira continua em queda e registrou nesta segunda-feira (22) 8% da sua capacidade total de armazenamento, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Há um ano, o volume armazenado era 42,3%.

Esta é a maior crise hídrica da história de São Paulo, intensificada pela escassez de chuvas. Nas nascentes do Cantareira, foram registrados 40 milímetros de chuva acumulada este mês, enquanto a média histórica para setembro é 91 milímetros. Desde maio, o sistema depende da sua reserva técnica, que acrescentou 182,5 bilhões de litros de água, o equivalente a 18,5%, sobre o volume total do sistema, que é de 982,07 bilhões de litros.

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Para contornar o problema, o governo paulista está, gradativamente, reduzindo a dependência do Sistema Cantareira em relação a outros mananciais. Além disso, a Sabesp começou, em fevereiro, um programa de incentivo à economia de água. São concedidos bônus de 30% no valor da conta de água dos clientes que reduzirem o consumo em 20%.

No último mês, 76% dos moradores da grande São Paulo diminuíram o consumo de água em relação à meta estabelecida. A adesão da população gerou economia de 3.900 litros de água por segundo. No mês, foram economizados mais de 10 bilhões de litros de água.

Lava-rápidos fecham as portas em meio à crise do Cantareira

Em meio à crise enfrentada no Sistema Cantareira, muitos lava-rápidos estão fechando suas portas em São Paulo. Com o nível baixo do reservatório, diversos motoristas deixaram de levar seus carros para serem limpos, o que gerou grande prejuízo para os donos desses estabelecimentos.

Os lava-rápidos que não fecharam as portas usam outras estratégias para manterem-se abertos, como usar o espaço para o estacionamento de veículos.

 

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