O PM acusado de ter atirado e matado um ambulante na quinta-feira (18), em São Paulo, já responde por outro homicídio. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da corporação.
De acordo com a nota, o soldado Henrique Dias Bueno de Araújo responde pela morte de um morador de rua, ocorrida em março deste ano.
Nos autos, consta que o policial reagiu em legítima defesa e no estrito cumprimento do dever legal.
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O PM foi inscrito no Programa de Acompanhamento e Apoio ao Policial Militar (PAAPM) após o episódio, no qual cumpriu todas as fases propostas pelos psicólogos e, ao final, foi considerado apto para retomar suas atividades.
Outra medida importante tomada à época foi o estudo de caso de ocorrência de alto risco (ECOAR), cujo principal objetivo é o de analisar a ocorrência com resultado morte e estudar alternativas de intervenção que poderão evitar o mesmo resultado em episódios futuros.
O policial militar ainda aguarda julgamento.
O velório do vendedor ambulante, Carlos Augusto Muniz Braga, de 30 anos, ocorreu em Guarulhos. O corpo será embalsamado e deve seguir para o Estado do Piauí, onde será sepultado.
Haddad classifica morte como ‘ato isolado’
A morte do camelô foi classificada pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, como “um caso isolado”.
O ambulante morreu na quinta-feira (18), durante um tumulto em meio à uma operação policial contra a venda de produtos contrabandeados, na Lapa, zona oeste da capital. Ele tentou tirar das mãos do policial um spray de pimenta e foi baleado pelo agente.
O PM trabalhava para a Operação Delegada, o chamado “bico legalizado”, no qual os policiais de folga são pagos pela prefeitura para atuar no município.
Revoltados após a morte, alguns ambulantes chegaram a montar barricadas com fogo e incendiaram uma caçamba de lixo, além de depredar um ônibus em protesto. Com medo, comerciantes da região fecharam as portas das lojas.