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Liberação de táxis em faixas de ônibus em São Paulo foi feita sem estudo, diz MP

Taxistas na faixa exclusiva do corredor Norte-Sul | Apu Gomes/Folhapress
Taxistas na faixa exclusiva do corredor Norte-Sul | Apu Gomes/Folhapress

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O MP (Ministério Público) afirma que a prefeitura não realizou nenhum estudo antes de voltar a liberar a circulação de táxis com passageiros nas faixas exclusivas de ônibus.

Em nota divulgada ontem, a Promotoria de Habitação e Urbanismo afirma ter sido pega de surpresa com a medida, anunciada na última sexta-feira. Na segunda, o MP pediu cópia dos estudos que embasaram a decisão à Secretaria Municipal dos Transportes. Ontem, a Promotoria recebeu e-mail da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) pedindo que o prazo fosse estendido por mais cinco dias.

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Para o MP, a resposta mostra que não houve estudo algum. “Natural que essa solicitação deva ser entendida como confissão de que a decisão que levou à liberação das faixas exclusivas de ônibus aos táxis não foi embasada em qualquer estudo técnico”, afirma a nota.

A Promotoria lembra que, para a proibição de tráfego dos táxis em horário de pico nos corredores exclusivos de ônibus, os estudos técnicos que embasaram a medida levaram mais de 70 dias para serem feitos e apresentados ao Ministério Público. “Não é fácil crer que em apenas 7 dias seja possível agora fazer-se estudo em sentido inverso quanto às faixas exclusivas de ônibus.”

Em março, a prefeitura já havia liberado os taxistas  nas faixas exclusivas de ônibus da 23 de Maio, das marginais e outras nove importantes avenidas da cidade. As faixas para ônibus, à direita, são uma das principais bandeiras da gestão de Fernando Haddad (PT). Já foram implantados 356 km.

Outro lado

Procurada, a CET afirmou que os dados sobre as faixas exclusivas serão disponibilizados nos próximos dias. Sobre a nota divulgada pelo MP, o órgão não quis se manifestar. 

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