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O MP (Ministério Público) pretende acionar criminalmente a prefeitura pelo incêndio que destruiu a favela do Buraco Quente, no Campo Belo, zona sul da capital, na noite de domingo.
A alegação da Promotoria é de que os agentes públicos foram omissos por não oferecem alternativas para os moradores, uma vez que a favela já havia passado por um incêndio em 2012.
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José Carlos de Freitas, promotor da Habitação e Urbanismo, afirmou que aguarda relatório do Corpo de Bombeiros com detalhes do incêndio para acionar a área criminal do MP. Para ele, há caracterização do crime de periclitação, quando se expõe a vida ou a saúde de outros a perigo direto e iminente.
Sentada em uma calçada próxima à favela, a dona de casa Ellen Silva, 32 anos, disse ao Metro Jornal que está dormindo na rua e que não recebeu nenhum auxílio da prefeitura. “Eu estava aqui em 2012, quando a favela pegou fogo. Se tivessem me oferecido uma moradia, eu não precisaria passar por isso de novo.”
À época, o promotor já havia aberto um inquérito para investigar se a prefeitura estava incluindo as famílias afetadas nos programas habitacionais. De acordo com ele, “o resultado é zero”.
A prefeitura afirmou que só vai se manifestar quando for notificada oficialmente pelo MP.
Os bombeiros que atuaram no combate ao incêndio, na noite de domingo, serão ouvidos pela Polícia Civil. O porta-voz da corporação, capitão Marcos Palumbo, afirmou anteontem acreditar que o incêndio possa ter sido criminoso.
A perícia técnica já foi realizada nos destroços dos barracos e casas. A análise pode apontar o que iniciou o fogo. De acordo com a polícia, ainda não há prazo para que o laudo seja entregue.