Em funcionamento há dois meses na capital, o Uber, aplicativo de caronas pagas, tem tirado o sono de taxistas e da prefeitura.
Em agosto, três carros foram apreendidos por fiscais do DTP (Departamento de Transportes Públicos) e a Secretaria Municipal dos Transportes pretende ir à Justiça para tirar o aplicativo de operação. Segundo a prefeitura, o serviço é ilegal porque os motoristas e veículos não estão autorizados a prestar serviço remunerado de transporte.
O serviço está disponível em 205 cidades do mundo. Mas associações de taxistas têm conseguido suspender o serviço por meio de decisões judiciais. A última ocorreu em Frankfurt, na Alemanha, nesta quarta-feira.
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O Metro Jornal testou o serviço anteontem. Não há taxímetro. O valor final é apresentado pelo motorista na chegada ao destino – um custo médio é informado antes da solicitação.
A corrida foi marcada na avenida Rebouças às 14h40. O veículo, um Chevrolet Captiva, chegou em 8 minutos. O motorista, um jovem de 26 anos, usava calça, camisa social e gravata.
No trajeto até a rua Líbero Badaró, no centro, o condutor disse que deixou a entrega de mercadorias com um caminhão para virar um “parceiro do Uber”. Segundo ele, o serviço já tem 100 veículos. Para entrar no grupo, é necessário carteira de habilitação com indicação de atividade remunerada, um veículo com no máximo quatro anos de uso e um curso capacitação, que dura cinco horas. “No mesmo dia já estava com meu aplicativo online para prestar serviço”.
O parceiro fica com 80% do valor da corrida. Os outros 20% ficam com a empresa. Não há nenhum tipo de vínculo profissional. “Dá para tirar, em média, R$ 1,8 mil por semana”, revelou o condutor.
A Uber informa que não comete nenhum tipo de irregularidade. A empresa diz que atua na área de tecnologia e que atende a uma demanda reprimida.