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Um esquema de desvio de água conta com a omissão da Secretaria de Educação de São Paulo, que paga, mas não fiscaliza para saber se o produto chega ou não nas escolas. Há uma semana, a Rádio Bandeirantes revelou a fraude e flagrou um caminhão com 15 mil litros de água tratada usada para lavar uma calçada em uma construção.
O produto deveria encher a caixa d’água de uma escola, mas se dependesse da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, o desvio jamais teria sido descoberto.
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A diretora de um colégio estadual contou como funciona o esquema para desviar e vender água da Sabesp. Sem se identificar, ela afirmou que os responsáveis pelos colégios são induzidos pelos funcionários das empresas de transporte a assinarem guias de abastecimento de milhares de litros de água que nunca chegaram às escolas.
«Os integrantes do esquema vêm, entregam e não trazem a guia. Depois aparecem com três ou quatro guias e pedem para que os responsáveis assinem mesmo sem receber a água equivalente àquele carregamento. Às vezes, o diretor acaba assinando em branco porque não há controle algum».
Segundo a fundação, a garantia de recebimento está na assinatura dessas guias. A diretora ouvida pela reportagem garante que qualquer assinatura é aceita pelo órgão.