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Multas desabam e CET desiste de radar-pistola em São Paulo

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) resolveu não renovar o contrato de aluguel dos seis radares-pistola (portáteis, e com mira a laser) que eram usados para fiscalizar motos trafegando acima do limite de velocidade O contrato venceu no início do mês. Os equipamentos vinham sendo usados desde 2011 em vias como as marginais e as avenidas 23 de Maio e Ruben Berta. Por  ano, a CET pagava R$ 230 mil.

Segundo a companhia, no último semestre houve uma queda de 85% na quantidade de autuações aplicadas por esses equipamentos. Entre janeiro e junho deste ano, foram aplicadas 1.417 autuações a motociclistas acima do limite de velocidade, ante 9.935 no mesmo período do ano passado. A multa varia de R$ 85,13 a R$ 574,62, dependendo da velocidade.

No começo do ano, a CET decidiu tentar utilizar os aparelhos para fiscalizar a redução do limite de velocidade da avenida Paulista, que passou de 60 km/h para 50 km/h, em outubro. Lá, o objetivo era que os radares portáteis fiscalizassem carros e motos. Mas os testes não deram certo.

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Segundo o órgão de trânsito, os equipamentos não funcionaram na Paulista por causa da interferência gerada pelas antenas de TV no sinal de GPS instalado nos radares, o que impedia a transmissão das imagens das placas dos motoristas e motociclistas flagrados desrespeitando o limite de velocidade.

Além disso, para que o flagrante seja feito, o ângulo do visor do equipamento exige um posicionamento em linha reta por parte do agente da CET. Como a Paulista tem um grande fluxo de veículos, os fiscais apresentaram dificuldade em conseguir se posicionar.

Segundo agentes da CET, um dos motivos para aposentar os radares-pistola é o baixo retorno financeiro que eles dão.

A companhia nega e afirma que o contrato não será renovado porque os equipamentos comprados em uma nova licitação são capazes de fiscalizar infrações cometidas por motociclistas. Até agora, foram instalados novos equipamentos em 132 locais, mas apenas 15 já estão funcionando. De acordo com a companhia, os outros aparelhos ainda precisam passar por testes, além de homologação do Ipem (Instituto de Pesos e Medidas) Ao todo, a licitação prevê a operação de 843 equipamentos até o final de 2016. O custo total é de R$ 530 milhões.

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