O ex-governador do Estado de São Paulo e candidato ao Senado, José Serra (PSDB), afirmou nesta quinta-feira que a intimação da PF (Polícia Federal) para que ele deponha sobre o cartel de trens (entre 1998 e 2008), revela, neste período eleitoral, uma “motivação política”.
Para ele, é muito estranha sua inclusão no inquérito “sobretudo depois que o Ministério Público Estadual, e até o procurador-geral de Justiça, arquivaram a mesma investigação”, disse, em nota.
Recomendados
Temporal deixa 1,2 mil desalojados no sul do Espírito Santo
Em crime bárbaro, criança de 12 anos é vítima de estupro coletivo em aldeia indígena
Motorista que atropelou Kayky Brito se emociona ao falar sobre o assunto em programa ao vivo: ‘O trauma...
A PF agendou o depoimento para o dia 7 de outubro – dois dias após o primeiro turno das eleições.
O tucano deverá esclarecer a suspeita de ter atuado a favor das multinacionais CAF e Alstom. A denúncia de cartel partiu da Siemens, como parte do acordo de leniência no qual a empresa alemã assumiu ter participado de acertos em licitações do Metrô e da CPTM no Estado.
No inquérito conduzido pelo delegado Milton Fornazari Júnior, três das sete concorrências sob investigação foram realizadas durante a gestão de Serra (2007-2010).
Além do tucano, outras 44 pessoas serão ouvidas pela PF. Também foram convocados o ex-secretário dos Transportes Metropolitanos José Luiz Portella, o atual presidente da estatal CPTM, Mário Bandeira, e o ex-presidente do Metrô Sérgio Avelleda.