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Ministério Público investiga corte de árvores no Panamby, na zona sul de SP

Árvore caída em área descampada do parque Burle Marx | André Porto/Metro
Árvore caída em área descampada do parque Burle Marx | André Porto/Metro

O MP (Ministério Público) abriu inquérito para investigar o corte de árvores na região do Panamby, zona sul. A área é uma das últimas manchas verdes às margens do rio Pinheiros.

Segundo os moradores, mais de 5 mil árvores marcadas por placas serão cortadas. “O desmatamento começou antes mesmo que os alvarás dos empreendimentos fossem emitidos”, afirma o advogado Roberto Delmanto, criador do “SOS Panamby”.

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O promotor  José Roberto Rochel afirma que, além de ser uma área de proteção permanente, o local é tombado pelo patrimônio histórico. “O fato de as árvores estarem numeradas é um claro indício de que serão retiradas, e isso é ilegal.”

Na região, há três projetos para novos empreendimentos imobiliários. Um deles, da empreendedora Bueno Netto, já em andamento, foi barrado na semana pela Justiça. Segundo o juiz Adriano Laroca, a área é de preservação permanente e é preciso fazer um estudo de impacto ambiental antes da autorização para a construção. A empresa afirmou que vai recorrer da decisão.

Os moradores também questionam a construção de uma barreira de concreto erguida no meio da mata para impedir o curso de uma nascente de rio.

A Secretaria do Meio Ambiente diz que os alvarás de licença para os empreendimentos ainda estão em análise. No caso de locais onde já existe o pedido de manejo de vegetação, como o caso do Panamby, a fiscalização só é feita durante o processo da obra.

Os terrenos pertencem à Cyrela e à Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário, que negam estar desmatando o local. Em relação às placas encontradas nas árvores, ambas afirmam se tratar de um cadastramento arbóreo.

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