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Indícios revelam que Abdelmassih circula pelo interior de SP

O médico foi condenado a 278 anos de prisão em 2010 | Mario Angelo/Folhapress
O médico foi condenado a 278 anos de prisão em 2010 | Mario Angelo/Folhapress

Quase quatro anos após ser condenado, o médico das estrelas, Roger Abdelmassih, continua foragido. Indícios mostram que ele tem circulado por cidades do interior de São Paulo e já esteve perto de ser capturado.

Vivendo na clandestinidade, o especialista em reprodução humana tem movimentado muito dinheiro para se sustentar. Em novembro de 2010, Abdelmassih foi sentenciado a 278 anos de cadeia por estuprar pacientes no seu consultório.

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Mas a prisão só foi decretada em janeiro de 2011 e o médico aproveitou a liberdade para fugir.

A polícia acreditou inicialmente que ele tivesse saído do país pela fronteira com o Paraguai e se instalado no Líbano.

Ouça:

Promotor fala da estrutura que apoia fuga de Abdelmassih

Vítima comenta sobre localização do médico

Porém, segundo informações recentes, o criminoso esteve por perto, afirmou o promotor Luiz Henrique Dal Poz. Os rastros de Roger Abdelmassih em Avaré e Jaboticabal são de maio deste ano.

Algumas das 39 pacientes que foram estupradas dentro do consultório dele, no Jardim Europa, hoje têm uma associação de vítimas. O grupo passou a fazer uma investigação paralela, recebendo informações anônimas e juntando documentos.

A empresária Ivanildes Serebrenic, primeira mulher a denunciar o médico, diz ter provas de que ele está em São Paulo.

Documentos

A Rádio Bandeirantes teve acesso a documentos que indicam como o médico, a esposa e os dois filhos pequenos têm se financiado na clandestinidade. Eles utilizam uma empresa de fachada em nome da procuradora da República Larissa Maria Sacco, mulher de Abdelmassih, para desviar dinheiro.

A Agropecuária Colamar intermedia contratos com produtores de laranja na região de Avaré.

Os registros revelam entre outras coisas que, em 17 de junho de 2011, quando o médico já era foragido, pelo menos R$ 100 mil saíram da conta da empresa.

O promotor de Justiça Luiz Henrique Dal Poz admite que o médico tem à disposição uma grande estrutura.

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