Quase quatro anos após ser condenado, o médico das estrelas, Roger Abdelmassih, continua foragido. Indícios mostram que ele tem circulado por cidades do interior de São Paulo e já esteve perto de ser capturado.
Vivendo na clandestinidade, o especialista em reprodução humana tem movimentado muito dinheiro para se sustentar. Em novembro de 2010, Abdelmassih foi sentenciado a 278 anos de cadeia por estuprar pacientes no seu consultório.
Recomendados
Resultado da Lotofácil 3065: prêmio desta quinta-feira vale R$ 4 milhões
“Quer ganhar um fuzil?” Motoboy rifava armas e munições em São Paulo
Saiba quem é a influenciadora digital grávida que morreu após complicações da dengue, em Goiânia
Mas a prisão só foi decretada em janeiro de 2011 e o médico aproveitou a liberdade para fugir.
A polícia acreditou inicialmente que ele tivesse saído do país pela fronteira com o Paraguai e se instalado no Líbano.
Ouça:
Promotor fala da estrutura que apoia fuga de Abdelmassih
Vítima comenta sobre localização do médico
Porém, segundo informações recentes, o criminoso esteve por perto, afirmou o promotor Luiz Henrique Dal Poz. Os rastros de Roger Abdelmassih em Avaré e Jaboticabal são de maio deste ano.
Algumas das 39 pacientes que foram estupradas dentro do consultório dele, no Jardim Europa, hoje têm uma associação de vítimas. O grupo passou a fazer uma investigação paralela, recebendo informações anônimas e juntando documentos.
A empresária Ivanildes Serebrenic, primeira mulher a denunciar o médico, diz ter provas de que ele está em São Paulo.
Documentos
A Rádio Bandeirantes teve acesso a documentos que indicam como o médico, a esposa e os dois filhos pequenos têm se financiado na clandestinidade. Eles utilizam uma empresa de fachada em nome da procuradora da República Larissa Maria Sacco, mulher de Abdelmassih, para desviar dinheiro.
A Agropecuária Colamar intermedia contratos com produtores de laranja na região de Avaré.
Os registros revelam entre outras coisas que, em 17 de junho de 2011, quando o médico já era foragido, pelo menos R$ 100 mil saíram da conta da empresa.
O promotor de Justiça Luiz Henrique Dal Poz admite que o médico tem à disposição uma grande estrutura.