A Corregedoria da PM (Polícia Militar) prendeu administrativamente nesta terça-feira quatro policiais suspeitos de envolvimento na morte dos pichadores Alex Dalla Vecchia Costa, de 32 anos, e Ailton dos Santos, de 33, na noite do dia 31, em um prédio na Mooca, zona leste da capital. A PM também vai pedir à Justiça Militar a prisão temporária dos quatro.
De acordo com a delegada Jamila Jorge Ferrari, do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa), inicialmente apenas 6 dos 11 policiais que estiveram no edifício estão sendo investigados. Os seis aparecem no boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil após as mortes.
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Os pichadores foram mortos em uma suposta troca de tiros. Na versão dos policiais, Costa e Santos tentaram assaltar o prédio. A família das vítimas diz que eles foram apenas pichar o local e nega que estivessem armados. O caso foi registrado como “morte decorrente de intervenção policial e roubo”.
Laudos técnicos do IML (Instituo Médico Legal) vão apontar quantos disparos foram feitos e quantas perfurações as vítimas sofreram. Peritos também apuram se os pichadores foram baleados pelas costas.
A Superintendência da Polícia Técnico-Científica faz a análise de balística de quatro pistolas .40 usadas pelos policiais e uma pistola 380 e um revólver 38, registradas como sendo das vítimas.
Em depoimento à polícia ontem e anteontem, familiares das vítimas voltaram a afirmar que os dois foram executados sem motivo. A mulher de Santos, Eliete Prestes dos Santos, de 28 anos, também afirmou ter encontrado objetos que não pertenciam ao ex-marido, como um fone de ouvido, na mochila dele.
A dupla atuava há mais de 15 anos, principalmente na região do ABC. Eles costumavam escalar ou invadir prédios para fazer pichações.