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Guido Mantega sinaliza com aumento da gasolina neste ano

Mantega também anunciou um aporte adicional do Tesouro de R$ 4 bilhões, além dos R$ 9 bilhões já aportados | Elza Fiuza/ABr
Combustíveis. Ministro afirma que governo continuará com ‘reajustes normais’, mas nega ‘tarifaço’ após eleições de outubro | Elza Fiuza/ABr

O governo indica que deve elevar o preço da gasolina ainda neste ano. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o comportamento do governo é continuar com reajustes normais, como ocorre todos os anos.

“Todos os anos têm correção do preço da gasolina, uns mais outros menos, todos os anos tem correção. Não teve nenhum ano que não teve aumento da gasolina. Essa é a regra”, afirmou o ministro em entrevista à agência “Reuters”.

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O ministro, no entanto, não informou quando ocorrerá o aumento dos preços de combustíveis. “Essa é uma decisão que mexe com o mercado, com ações, não se comenta”, acrescentou o ministro, que também é presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

Com o arrefecimento da inflação mais para o fim deste semestre, economistas avaliam que haveria espaço para ajustes nos preços administrados, como é o caso da gasolina e energia. O mercado espera um ‘tarifaço” com a liberação de reajustes represados após as eleições de outubro. “Nosso comportamento é continuar com reajustes normais [da gasolina], sem tarifaço”, afirmou.

A diretoria da Petrobras tem pleiteado ao governo reajuste dos preços dos combustíveis para reduzir a defasagem dos valores praticados no Brasil com os vistos no exterior, algo que afeta as finanças da companhia.

A inflação oficial em 12 meses acima do teto da meta atualmente reduz o espaço para elevar preços administrados. No entanto, as expectativas dos economistas para o IPCA ao final do ano vêm caindo, o que daria margem para um eventual aumento da gasolina. A meta de inflação do governo é de 4,5% ao ano, com margem de tolerância de dois pontos para mais ou para menos.

O último reajuste nos preços da gasolina ocorreu em novembro de 2013. A Petrobras anunciou aumento médio de 4% da gasolina e de 8% no diesel nas refinarias. Na época, especialistas calcularam que a alta da gasolina na bomba seria de 3%.

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