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Depoimento pode reabrir inquérito da Boate Kiss

Um dos inquéritos relacionados ao incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, está prestes a ser reaberto, segundo um de seus investigadores, o delegado Sandro Meinerz. Nesta quinta-feira, Meinerz ouviu a ex-mulher do dono da empresa Hidramix, o bombeiro Roberto Flávio da Silveira e Souza. Ele foi afastado da corporação por ter ligação com uma empresa privada, o que não é permitido a militares.

Em 2012, a Hidramix, que atua no ramo de sistemas de prevenção de incêndios, chegou a instalar barras antipânico na porta de entrada da boate. Porém, algumas das alterações necessárias e previstas no Plano de Prevenção e Combate a Incêndio não foram executadas.

O caso

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Um incêndio matou 242 pessoas que participavam de uma festa na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 27 de janeiro de 2013. Na ocasião, houve uma apresentação da banda “Gurizada Fandangueira”, que utilizou um sinalizador no ambiente fechado. Faíscas do produto acabaram atingindo a espuma que fazia o isolamento acústico do local.

Os frequentadores da boate acabaram inalando uma fumaça tóxica e tiveram dificuldades para deixar o local com saídas de emergência bloqueadas. De acordo com testemunhas, o fogo teve início por volta das 2h30 de domingo. Com a fumaça, as vítimas não enxergaram a saída. Desnorteadas, algumas chegaram a entrar nos banheiros do estabelecimento, onde acabaram encurraladas.

Jovens que conseguiram sair da boate retornaram na tentativa de resgatar as pessoas que não conseguiam deixar o local. Com apenas uma saída de emergência no local, algumas pessoas foram pisoteadas, tomadas pelo desespero de sair o mais rápido possível da boate.

Segundo um dos sobreviventes, os seguranças da boate Kiss formaram uma barreira para não deixar os jovens saírem por acharem que se tratasse apenas de um tumulto.

Os feridos foram levados ao Hospital Universitário de Santa Maria, onde fizeram tratamento para expelir a fuligem acumulada nos pulmões. Contando o número de jovens que morreram na balada e após a tragédia no hospital, 242 pessoas faleceram e centenas ficaram feridos.

Após o acontecimento na boate, a fiscalização foi intensificada, com o fechamento de estabelecimentos irregulares e desencadeou um debate em torno da segurança nas casas noturnas no Brasil. A maioria dos bares foram lacrados por falta de documentos.

 

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