A Secretaria do Ambiente do Rio divulgou nesta terça-feira uma nota afirmando que a proposta do governo de São Paulo de captar água da bacia do rio Paraíba do Sul pode colocar em risco o abastecimento das cidades fluminenses.
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No documento, o órgão aponta que, no período de vazão normal, o Rio pode captar 260 metros cúbicos por segundo do Paraíba, sendo que 170 metros cúbicos por segundo vão para a estação do Guandu. Por conta da estiagem, a estação trabalha com uma vazão entre 119 metros cúbicos por segundo e 160 metros cúbicos por segundo.
Ontem, o secretário do Ambiente, Índio da Costa, afirmou que ainda não recebeu o estudo de São Paulo sobre a transposição de 5 mil litros por segundo da represa de Jaguari (braço do Paraíba do Sul) para a represa de Atibainha (braço do Cantareira).
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Costa disse estar disposto a avaliar o projeto e procurar uma solução conjunta. No entanto, garantiu que pode recorrer à Justiça. “Não se nega um copo de água para ninguém. Queremos ajudar São Paulo, só não pode atrapalhar o Rio.”
O projeto do governador Geraldo Alckmin (PSDB) precisa da autorização da ANA (Agência Nacional de Águas (ANA). O órgão informou que ainda não recebeu a proposta do canal de 15 quilômetros de extensão.
Bacia do Alto Tietê
Alckmin anunciou ontem que o Estado começará a cobrar pelo uso da água captada da bacia do Alto Tietê, que abrange 36 cidades da Grande São Paulo. A medida afeta as empresas de saneamento básico, como a Sabesp, que terão de pagar para retirar a água.
Segundo o comitê do Alto Tietê, cerca de 2,5 mil consumidores, entre eles hotéis, condomínios e shoppings, também terão que pagar pelo uso da água.
Com a medida, o Estado prevê arrecadar, ainda neste ano, R$ 24 milhões. Até 2016, esse valor deve chegar a R$ 40 milhões.