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Sem aulas, alunos da USP Leste têm reunião nesta terça

Os estudantes, professores e funcionários da USP (Universidade de São Paulo) vão se reunir na manhã desta terça-feira, para discutir os rumos do ano letivo no campus leste. As aulas ainda não começaram porque o campus continua interditado pela Justiça por apresentar riscos de explosões e contaminações. O Conselho Universitário, principal instância da USP, também se reúne hoje, na Cidade Universitária, para tratar do assunto.

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Nesta segunda-feira, alguns estudantes foram até a Unicid (Universidade Cidade de São Paulo) da Vila Carrão para o primeiro dia de aula, mas, ao chegarem lá, souberam que o retorno tinha sido adiado pela terceira vez.

A Unicid é um dos três locais provisórios escolhidos e divulgados pela instituição para alojar os alunos. Os cursos também seriam distribuídos entre a Faculdade de Ciências da Saúde, nas Clínicas, e o prédio da Fatec de Itaquera.

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A direção da USP Leste adiou o início das aulas para a próxima segunda-feira, pois a comissão de graduação questionou o número de salas e as dificuldades de deslocamento. O professor Alberto Tufaile é um dos que manifestaram preocupação com a logística. “Este semestre, eu vou dar aula de laboratório de física. Os meus equipamentos estão todos na USP Leste, não são os mesmo que o pessoal tem aqui. Eu vou transportar o meu material para cá. Só que eu sei que eu vou dar aula aqui de manhã, de tarde e, à noite, eu não sei exatamente, a gente nem foi ver os lugares onde a gente vai dar aula. Eu teria que colocar isso no meu carro, em uma van, e levar”.

A USP disse que a organização das aulas é de reponsabilidade da diretoria do campus leste, que não se manifestou sobre os problemas apontados por professores e alunos.

O estudante Reginaldo Novelli, do terceiro ano de Gestão de Políticas Públicas, criticou a postura da reitoria. “Por volta de 1 mil alunos passaram no vestibular este ano e pretendem iniciar as aulas. E essa desculpa de que agora a diretoria ou a unidade leste, que tem que dar satisfações, é muito complicado, não é? É jogar toda hora a responsabilidade para outros já que ela não parece ter capacidade de resolver”.

Segundo a reitoria da USP, os relatórios periódicos têm sido apresentados à Justiça sobre os problemas ambientais do campus leste. Porém, o Ministério Público ainda não sinalizou sobre uma possível liberação do local.

Já a CETESB informou que negocia com a direção da instituição de ensino a instalação de um sistema de extração de gases.

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