Foco

Em meia hora, zona leste de SP tem chuva de cinco dias

A forte chuva da tarde desta segunda-feira deixou ruas da zona leste embaixo d’água. Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), foram 30 milímetros em pouco mais de 30 minutos. O volume representa a chuva esperada para cinco dias de março.

Os bairros da Vila Carrão, Tatuapé e Aricanduva foram os mais afetados pelo temporal, que começou por volta das 17h40. Veículos ficaram ilhados na avenida Aricanduva, no trecho próximo ao acesso à radial Leste. Bocas de lobo ficaram entupidas por causa do lixo arrastado pela enxurrada.

Na zona sul, os bairros mais prejudicados foram o do Grajaú, Pedreira e Engenheiro Marsilac. Foi registrada a queda de uma árvore na avenida Nove de Julho. Agentes da CET orientavam os motoristas que trafegam no sentido centro, na altura do número 4.269. Nove semáforos pararam de funcionar em cruzamentos das zonas sul, leste e no centro.

Recomendados

Cantareira

Mesmo com a chuva de ontem, o reservatório Cantareira segue operando no vermelho. Na segunda-feira, o sistema registrava 15% de capacidade. O nível é o menor da história. Como base de comparação, o sistema operava com 58,9% em 17 de março de 2013.

Relatório divulgado pelo comitê anticrise do Cantareira, prevê que os cerca de 8,4 milhões de consumidores atendidos pelo sistema podem ficar com as torneiras secas até a Copa do Mundo, em junho. Segundo boletim do órgão, os reservatórios Jaguari e Jacareí registravam um volume útil de água de 8,9% da capacidade. Juntos, eles representam 82% da vazão do sistema Cantareira.

Na avaliação do consultor ambiental Alessandro Azzoni, o governo estadual terá que buscar água cada vez mais longe do Cantareira para evitar a adoção de um rodízio. “O Estado contou demais com a previsão do tempo. Agora, se o quadro de estiagem permanecer, a seca pode ser inevitável.”

O Estado garante que as medidas adotas nas últimas semanas evitarão o rodízio no abastecimento.

Na segunda, a Sabesp informou que passará a usar, a partir de julho, o volume “morto” (água do subsolo) do Cantareira. A previsão é que sejam utilizados 50 milhões de metros cúbicos.

Tags

Últimas Notícias


Nós recomendamos