O primeiro dia da proibição de táxis em corredores de ônibus nos horários de pico em São Paulo é ainda uma “fase de análise”, segundo o diretor de operações da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Mauricio Régio. “Acredito que daqui a uma semana já tenhamos um retrato de como estará o cenário”, disse à BandNews FM.
Com base em estudos feitos pela CET e outros órgãos, Regio acredita que a medida representará um ganho de 20% nas viagens de coletivos na cidade. “Isso em um veículo que pode carregar em torno de 100 pessoas é muito significativo. Essa mudança foi visando em melhorar a vida da grande maioria”, analisa o diretor, quem aponta que 54% do tráfego da cidade são de ônibus. “O objetivo é que a pessoa chegue mais rápido em casa”.
Sobre uma possível aumento no congestionamento nas vias, diz que “o ganho substancial do ônibus justifica uma adoção nesse sentido” e dá como exemplo a situação da Avenida Rebouças. “Em termos de capacidade, a gente verifica que o volume de táxi é de 10% dos veículos que passam na Rebouças. Por isso optamos por restringir nos horários de picos”.
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Restrição
A partir desta segunda, a circulação de táxis em corredores de ônibus está proibida durante os horários de pico (das 6h às 9h e entre 16h e 20h). Durante os finais de semana, a circulação será liberada. O anúncio foi feito na última sexta-feira pela prefeitura de São Paulo.
Por enquanto, não haverá multas para quem invadir o espaço nos horários de proibição. As autuações começarão a ser aplicadas a partir do dia 14 de abril, quando começarão a ser instalados novos radares para fazer a fiscalização.
«Na área técnica, nós precisamos de alguns dias para preparar essas placas de sinalização para que o motorista saiba o período que ele pode pegar o corredor. Esse prazo é até o dia 13[de abril]. A fiscalização começa dia 14″, afirmou o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, na última sexta.
Tatto explicou prazo para início da fiscalização:
O valor da multa é de R$ 127,69 e é considerada uma infração gravíssima, com acréscimo de cinco pontos na carteira.
Por outro lado, os taxistas poderão circular nas faixas exclusivas para coletivos nas marginais, no Corredor Norte-Sul, e nas avenidas Corifeu de Azevedo Marques, Indianópolis e Sumaré, desde que estejam com passageiros.
Segundo o promotor de Justiça, Habitação e Urbanismo, Mauricio Antônio Ribeiro Lopes, a mudança é reivindicação dos sindicatos. «Nós ouvimos os sindicatos e isso que se fala das faixas são reivindicações que eles trouxeram. Mais que ouvidos, mas agora eles estão sendo atendidos».
Promotor: «ouvimos os sindicatos»