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Dilma empossa seis ministros e PMDB se mostra descontente

“Estou certa de que me ajudarão a fazer de 2014 um ano profícuo para o país”, disse a presidenta Dilma durante a posse dos seis novos ministros – Divulgação/ Agência Brasil

Ao dar posse a seis ministros para ajustar a Esplanada às demandas eleitorais e acomodar seus aliados, a presidente Dilma Rousseff pediu nesta segunda-feira que dêem continuidade aos projetos de suas pastas e disse ter certeza de que ajudarão a fazer de 2014 um ano «profícuo».

As trocas ministeriais, na maioria motivadas por questões eleitorais -muitos dos titulares se desligaram do Executivo para poder concorrer nas eleições de outubro-, acirraram uma crise entre Planalto e seu principal aliado, o PMDB, que descontente com a condução do processo chegou a impor derrotas ao governo na Câmara.

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«Tenho certeza que vocês darão continuidade aos bons projetos focados por seus antecessores. Acrescentarão suas marcas e darão mostra da suas competências pessoais a esse trabalho», disse a presidente na cerimônia de posse.

«Estou certa que me ajudarão a fazer de 2014 um ano profícuo para o país.»

Para comandar a Agricultura, a presidente deu posse a Neri Geller. O novo ministro era secretário de Política Agrícola da pasta. No Turismo, assume o ex-gerente de assessoria internacional do Sebrae, Vinicius Nobre Lages.

Na Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp dá lugar a Clélio Campolina, que era reitor da Universidade Federal de Minas Gerais e fez parte do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

Gilberto Occhi, que até então ocupava a vice-presidência de Governo da Caixa Econômica Federal (CEF), assume o Ministério das Cidades. O senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) passa a comandar o Ministério da Pesca e Miguel Rossetto assumirá o Ministério do Desenvolvimento Agrário, como a agência de notícias Reuters antecipou.

O PMDB pretendia ampliar o número de ministérios que detém – cinco pastas estavam na «cota» política da legenda: Previdência, Minas e Energia, Aviação Civil, Agricultura e Turismo–, demanda não atendida por Dilma.

A condução da reforma desagradou ao ponto de a bancada do partido na Câmara, até então detentora das indicações de nomes para o Turismo e a Agricultura, anunciar que não iria sugerir nomes e declarar independência do governo nas votações, além de comandar informalmente o «blocão», grupo de deputados insatisfeitos de diversas siglas.

A escolha de Geller e de Lages, no entanto, não bateu de frente com o PMDB, informou uma fonte do partido. O nome do novo ministro da Agricultura, inclusive, havia sido indicado por deputados antes da crise eclodir. Nas palavras desse peemedebista, «não houve indicação da bancada, mas também não houve contraindicação».

O novo ministro das Cidades assegurou que a implementação de emendas parlamentares foi «resolvida» pelo ex-ministro Aguinaldo Ribeiro na semana passada. O ministério vinha sendo cobrado pela liberação desses recursos, outro fator de descontentamento de deputados com o governo.

 

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