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Policiais são alertados para possíveis ataques do PCC

Após a transferência do líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Camacho, o Marcola, e de outros três membros da facção nesta terça-feira para o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) em Presidente Bernardes, autoridades do governo de São Paulo temem uma onda de ataques e rebeliões nos presídios, repetindo o cenário de caos de 2006.

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Na quarta-feira, a Polícia Civil emitiu um alerta, assinado pelo delegado-geral Luiz Blazeck, para que todos os policiais redobrem a atenção “não apenas durante o exercício das atividades profissionais rotineiras, mas também nos respectivos deslocamentos, durante o horário de trabalho e fora dele”.

Também foi determinado que os veículos da Polícia Civil circulem sempre com pelo menos dois agentes. A Polícia Militar afirmou que tomará as mesmas medidas.

Os comandados das duas polícias já articulam ações de reforço em pontos avaliados como prováveis alvos de integrantes da facção.

Em ligações telefônicas interceptadas nos últimos dias, líderes do PCC ameaçam iniciar rebeliões em presídios controlados pelo grupo, caso as visitas programadas para este final de semana sejam suspensas.

Ainda na quarta-feira, agentes penitenciários do Estado, em greve desde segunda-feira, informaram que as visitas não serão barradas.
Segundo o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o Estado está preparado para possíveis represálias da facção criminosa e que as ações contra o grupo continuarão.

Plano de resgate

Suspeito de ser o principal articulador do plano de resgate dos quatro membros do PCC do presídio de Presidente Venceslau, Márcio Ferreira (o Buda), chegou a ser detido pela polícia, mas foi liberado.

Buda foi preso em 12 de janeiro ao ser flagrado com documentos falsos. Ele confessou que não retornou à prisão onde cumpria pena no regime semiaberto. Márcio foi liberado porque a ordem de prisão contra ele havia sido anulada.

Agentes barram entrada de detentos novamente

Ônibus e caminhões com detentos foram impedidos de entrar nesta quarta-feira no CDP de Pinheiros, na zona oeste, pelo segundo dia consecutivo.

De acordo com o Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária), o bloqueio das transferências já estava previsto desde o início da greve.

A entidade afirma que 130 das 158 unidades do Estado aderiram à paralisação. O governo diz 68 foram afetadas pela greve. Os agentes não aceitaram a proposta de reajuste do Estado.

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