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Desconto para economia de água em SP será prorrogado

Para tentar afastar o risco de “apagão” no abastecimento de água na Grande São Paulo, o Estado decidiu estender o bônus por economia de água até o fim de dezembro. O plano, que prevê desconto de 30% na conta para quem diminuir o consumo médio em 20% (em relação aos últimos 12 meses), estava previsto até setembro.

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A decisão é mais uma medida contra as quedas seguidas no volume do sistema Cantareira, que abastece 8,4 milhões de pessoas na região metropolitana. Ontem, o reservatório contava com apenas 15,8% da capacidade.

Para evitar um colapso no reservatório, o governo diminuiu essa semana em cerca de 10% a vazão do Cantareira.  A compensação no abastecimento da Grande São Paulo será feita com o aumento da captação das águas das represas do Guarapiranga e Alto Tietê para a região metropolitana (veja gráfico no fim do texto).

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O governo quer evitar que no período de estiagem, que vai de junho a setembro, a situação se agrave e tenha que implementar um racionamento de água. Em junho, São Paulo deve receber 600 mil visitantes durante a Copa do Mundo. O Estado ainda luta para evitar um rodízio no ano eleitoral.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) atribui a crise à falta de chuvas no verão. Mas para especialistas, o problema está na gestão dos recursos hídricos. O consórcio PCJ, que representa municípios e usuários de água das 73 cidades da região de Campinas, discorda e diz que faltou planejamento.

Consórcio defende rodízio

O PCJ defendeu na terça-feira a adoção imediata do racionamento nas regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas. Segundo o gerente técnico do consórcio, Alexandre Vilella, o volume disponível hoje – sem considerar o volume morto (nível de água abaixo dos sistemas de captação dos reservatórios) – será capaz apenas de abastecer as regiões por mais 80 dias, caso não chova e sejam mantidas as vazões atuais.

Aumenta ‘alívio’ no Cantareira

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou que, até abril, a Sabesp ampliará para 3 milhões o número de pessoas na região metropolitana de São Paulo que deixarão de receber água do Cantareira.

Na quinta-feira da semana passada, o governador havia anunciado que o início de captação de água das represas do Alto Tietê e do Guarapiranga, para compensar a redução de vazão do Cantareira, atenderia 2 milhões de pessoas.

Bombas serão  adaptadas para levar água também para a região dos Jardins, Brooklin e Itaim Bibi.

A redução de captação do reservatório, que tem o objetivo de evitar um colapso das represas, atende a uma recomendação da ANA (Agência Nacional de Águas) e do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica).

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