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São Paulo vai reduzir captação de água no Sistema Cantareira

O governo de São Paulo segue buscando uma saída para evitar a adoção de um rodízio no fornecimento de água para os 8,4 milhões de consumidores abastecidos pelo sistema Cantareira.

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Nesta quinta-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou um corte de 10% na vazão do reservatório a partir de segunda-feira. A captação passará dos atuais 30 metros cúbicos por segundo para 27,9.

No dia do anúncio da medida, o Cantareira registrou nova queda em sua capacidade de armazenamento, chegando à marca de 16%.

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O corte foi definido após avaliação do comitê de crise formado pela ANA (Agência Nacional de Águas) e pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica). “O órgão regulador existe para isso. Ele deu uma orientação técnica e ela será cumprida rigorosamente pela Sabesp”, afirmou o governador.

Para tentar minimizar o impacto do corte no abastecimento, o Estado irá pedir “emprestado” parte do acumulado nos reservatórios Alto Tietê e Guarapiranga. Na quinta, eles operavam com 38,3% e 69% da capacidade, respectivamente.

Na avaliação do governador, o empréstimo de água e a campanha de redução do consumo devem evitar a adoção de um rodízio no fornecimento. “Agora, vamos trabalhar com a captação de 27,9 metros cúbicos no Cantareira. Não há necessidade de racionamento à medida que temos um sistema de compensação.”

O pacote de ações do governo para evitar torneiras secas em um ano eleitoral ainda prevê o uso do “volume morto” de água (subsolo) do sistema Cantareira. A previsão é de quem sejam captados 50 milhões dos 400 milhões de metros cúbicos disponíveis para uso.

Campinas

Além das cidades da Grande São Paulo, o corte no fornecimento pelo reservatório Cantareira também atingirá Campinas, terceira maior cidade do Estado.

De acordo com o DAEE, a redução para o município será de 25%, bem maior do que para os demais atendidos pelo reservatório.

O órgão avalia que não há necessidade de adoção de um rodízio no abastecimento. Nesta quinta-feira, o rio Atibaia, que abastece 95% de Campinas, estava com 15 metros cúbicos por segundo de vazão. O volume é abaixo da média histórica de 45 metros cúbicos por segundo.

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