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Políticos deixam lista de pendências para depois do Carnaval

O ano só começa depois do Carnaval. O ditado popular, geralmente usado logo depois do Ano Novo, foi colocado em prática em São Paulo. Uma lista de pendências que afetam diretamente a vida da população só deve começar a ser resolvida na próxima semana.

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O governo do Estado e a Sabesp deixaram para depois do feriado a decisão sobre o racionamento de água nas regiões atendidas pelo Sistema Cantareira.

O reservatório é responsável pelo abastecimento de moradores das zonas leste, norte e central da capital, além de 10 municípios da Grande São Paulo.

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Nesta quinta-feira, as represas que compõem o sistema registraram 16,6% de sua capacidade – o pior nível da história. A Sabesp já tem um plano de redução no fornecimento de água.

Caso as chuvas previstas para esse fim de semana não aliviem a situação, o governo deve usar os 400 milhões de metros cúbicos do chamado “volume morto” (água do subsolo).

Passada a ressaca do feriadão, a Câmara Municipal deve votar, em primeira discussão, o projeto de lei que autoriza alargamentos e desapropriações em 66 ruas e avenidas da cidade. A medida é necessária para a construção de 150 quilômetros de corredores de ônibus até 2016 – principal bandeira do governo Fernando Haddad (PT).

Os vereadores também deixaram para votar depois da folia o Plano Diretor, que definirá as regras de zoneamento e o adensamento da cidade nos próximos anos. O projeto é tido como uma das prioridades do Legislativo para esse ano.

A definição sobre circulação dos cerca de 34 mil táxis nos corredores de ônibus, à esquerda, também foi empurrada para depois do Carnaval. A novela só deve acabar na quinta-feira. A ideia do prefeito Fernando Haddad (PT) é proibir a circulação durante os horários de pico: das 7h às 10h e entre 17h e 20h.

A medida foi definida após a Secretaria dos Transportes realizar um novo estudo avaliando o impacto da restrição. O levantamento também levou em conta os efeitos fora do período de maior lentidão. Inicialmente, a administração municipal pretendia vetar a circulação nos corredores durante todo o dia. O objetivo é incentivar a migração para o transporte coletivo.

A proposta tinha como base um primeiro estudo feito pela prefeitura a pedido do MP (Ministério Público). O documento apontou que a presença dos táxis nos corredores reduzia a velocidade média dos ônibus em até 31,6%.

Inspeção veicular

A Secretaria do Verde e Meio Ambiente deve lançar o edital da licitação para contratação das empresas que farão o serviço de inspeção veicular nas próximas semanas.

A promessa da prefeitura é de colocar o novo modelo de inspeção em funcionamento ainda no segundo semestre deste ano. A cidade será divida em quatro regiões.

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