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Presos envolvidos em plano de fuga podem perder privilégios

Os detentos citados numa suposta tentativa de fuga do presídio de Presidente Venceslau podem perder privilégios, como a remissão de pena por dias trabalhados, por exemplo. Isso acontecerá se ficar comprovado que eles tiveram participação na elaboração do plano, explica o procurador de Justiça Felipe Locke Cavalcanti, em entrevista à Radio Bandeirantes.

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O esquema para resgatar quatro líderes da facção do criminosa  PCC (Primeiro Comando da Capital), detidos no interior paulista, foi divulgado pela inteligência das polícias Civil e Militar.

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Ex-integrante do Conselho Nacional de Justiça, Felipe Locke Cavalcanti conversou com Milton Parron no Ciranda da Cidade.

Procurada pela Rádio Bandeirantes, a Secretaria da Segurança Pública disse que não vai se pronunciar sobre o assunto.

Mais cedo, porém, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), confirmou que a facção criminosa iria colocar em prática um plano para resgatar três líderes presos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, a 611 km de São Paulo. Em entrevista à Rádio Jovem Pan, o tucano ressaltou que confia no trabalho da inteligência da polícia.

«São Paulo não retroage, não se intimida. É a maior polícia do Brasil, mais preparada», endossou Alckmin. «Lamentavelmente acabou vazando, mas a polícia não se intimida», garantiu. O plano de fuga está em um relatório produzido em conjunto pelas polícias Civil e Militar, além do Ministério Público. O teor do documento veio a público após uma reportagem do Jornal do SBT.

A intenção do PCC era resgatar Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, Claudio Barbará da Silva, Célio Marcelo da Silva, o Bin Laden, e Luiz Eduardo Marcondes Machado, o Du Bela Vista.

De acordo com o levantamento, três integrantes da facção tiveram aulas de voo em 2013 no Campo de Marte, na zona norte da capital. O professor dos bandidos foi, segundo o relatório, Alexandre José de Oliveira Junior, copiloto do helicóptero do deputado federal Gustavo Perrella (SDD-MG). A aeronave foi apreendida pela Polícia Federal, em novembro de 2013, com mais de 400 kg de cocaína.

Uma das medidas possíveis para desarticular a ação dos criminosos seria pedir à Justiça o isolamento de Marcola e dos demais envolvidos no plano de fuga no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), da Penitenciária de Presidente Bernardes, também no oeste paulista.

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