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MP e polícia descobrem plano de facção criminosa em SP

Investigações do Ministério Público e a da polícia de São Paulo descobriram que a quadrilha que age dentro de fora dos presídios do país tinha um plano detalhado para a fuga de chefes da facção criminosa da penitenciária de segurança máxima de Presidente Vescelau, no interior de São Paulo.

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As informações foram divulgadas em reportagem exclusiva do SBT nesta quarta-feira e obtidas por meio de um relatório da Secretaria de Segurança e do Ministério Público.

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A quadrilha usaria um avião e dois helicópteros, um deles blindado e clonado como se fosse da PM. De acordo com o plano, um dos alvos seria o chefe da quadrilha, Marcos Herbas Camacho, conhecido como Marcola. Seriam libertados também os presos Claúdio Barbará da Silva, o Barbará; Luiz Eduardo de Barros, o Du Bela Vista, e Célio Marcelo da Silva, o Bin Laden. Todos estão em celas de segurança máxima da penitenciária.

Para a polícia, essa tentativa de retirar os presos da cadeia iria acontecer entre os dias 20 e 23 desse mês. Para impedir, um grande esquema de segurança foi montado na penitenciária.

Em contrapartida, havia uma grande movimentação de policiais dentro do presídio. Nos campos ao redor da penitenciária foram posicionados atiradores de elite e até mesmo policiais camuflados. Eles tinham armas capazes de derrubar um helicóptero. Mas, nesse período, a tentativa de fuga não aconteceu.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), confirmou que a facção criminosa iria colocar em prática um plano para resgatar três líderes presos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, a 611 km de São Paulo. Em entrevista à Rádio Jovem Pan, o tucano ressaltou que confia no trabalho da inteligência da polícia.

«São Paulo não retroage, não se intimida. É a maior polícia do Brasil, mais preparada», endossou Alckmin. «Lamentavelmente acabou vazando, mas a polícia não se intimida», garantiu. O plano de fuga está em um relatório produzido em conjunto pelas polícias Civil e Militar, além do Ministério Público. O teor do documento veio a público após uma reportagem do Jornal do SBT.

De acordo com o levantamento, três integrantes da facção tiveram aulas de voo em 2013 no Campo de Marte, na zona norte da capital. O professor dos bandidos foi, segundo o relatório, Alexandre José de Oliveira Junior, copiloto do helicóptero do deputado federal Gustavo Perrella (SDD-MG). A aeronave foi apreendida pela Polícia Federal, em novembro de 2013, com mais de 400 kg de cocaína.

Uma das medidas possíveis para desarticular a ação dos criminosos seria pedir à Justiça o isolamento de Marcola e dos demais envolvidos no plano de fuga no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), da Penitenciária de Presidente Bernardes, também no oeste paulista.

 

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