Ao menos 262 pessoas foram detidas durante protesto contra a Copa do Mundo no sábado, no centro de São Paulo | Paulo Whitaker/Reuters
A ação da PM (Polícia Militar) no protesto “Não vai ter Copa” foi classificada como um “sucesso” neste domingo pelo coronel Celso Luiz Pinheiro. O ato, que reuniu cerca de 1,5 mil pessoas na região central da cidade no sábado, terminou com oito feridos e agências bancárias e orelhões depredados.
Esta foi a primeira vez que a PM utilizou a chamada “Tropa do Braço”, composta por 140 policiais não armados com treinamento em artes marciais. Segundo Pinheiro, com essa tática, o uso de armas químicas e balas de borracha foi reduzido ao mínimo.
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Ao menos 262 pessoas foram detidas e encaminhadas para DPs (Distritos Policiais) da cidade. Todos foram liberados entre a noite de sábado e a manhã de domingo. Manifestantes e jornalistas afirmam que policiais detiveram pessoas que não estavam cometendo nenhum ato de vandalismo nem usando máscaras. Fotógrafos e manifestantes com câmeras tiveram os equipamentos quebrados.
No total, oito pessoas ficaram feridas. Dentre eles, dois manifestantes, cinco policiais e um jornalista.
Pinheiro se desculpou no domingo por possíveis excessos da PM. “Fica muito difícil nós separarmos manifestantes de repórteres. Muitos jornalistas usam máscaras, óculos e capacetes”.
O ato começou por volta das 17h, na praça da República. Para controlar os 1,5 mil manifestantes, a PM deslocou 2,3 mil homens.
Quando manifestantes mascarados bloquearam a avenida São Luís, nas proximidades da praça da República, a PM cercou o grupo. Segundo Pinheiro, policiais infiltrados no grupo alertaram a PM sobre o momento em que eles iriam começar o quebra-quebra. Alguns conseguiram escapar do cerco e depredaram agências bancárias e orelhões.
A manifestação de sábado foi a segunda contra a realização do mundial de futebol no Brasil.
O primeiro ato, no dia 25 de janeiro, terminou com o estoquista Fabrício Proteus Chaves, de 22 anos, baleado por PMs.
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