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Terça marca 2º dia de julgamento do massacre do Carandiru

O terceiro julgamento do massacre do Carandiru será retomado na manhã de hoje com os depoimentos das testemunhas de defesa. Entre os que deverão ser ouvidos estão o secretário da Segurança Pública do Estado na época, Pedro Franco de Campos, e um agente penitenciário.

Quinze policiais militares, entre eles três coronéis, que atuaram no quarto pavimento do Pavilhão 9 respondem por 8 mortes e duas tentativas de homicídio.

Primeiro dia de julgamento

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O principal depoimento da segunda-feira foi do perito Osvaldo Negrini, que foi enfático ao afirmar que houve excesso por parte da polícia no massacre do Carandiru, que teve a morte de 111 detentos durante uma rebelião em 1992. Dessas mortes, 102 são atribuída a policiais militares. Esta é a terceira etapa do julgamento dos policiais militares que agiram dentro do Pavilhão Nove.

O júri foi desmembrado e analisa os acontecimentos de cada andar da casa de detenção. Já foram julgados 26 policiais da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) que eram acusados de matar 15 pessoas no primeiro andar.

No segundo andar, foram 73 mortos e 29 agentes da Tropa de Elite da PM paulista, já julgados e condenados. O julgamento que começou hoje tem no banco dos réus 15 policiais do Comando de Operações Especiais, acusados de matar oito presos no terceiro andar. O próximo julgamento terá 13 homens do Gate apontados como autores de 15 mortes no quarto andar do Carandiru.

Mais uma vez os responsáveis por dar as ordens para invadir a casa de detenção não estão no banco dos réus. O então governador de São Paulo Luís Fleury e o ex-secretário de Segurança Pública Pedro Franco de Campos nunca foram julgados pelo massacre.

Até agora já foram condenados 48 PMs, com penas de até 624 anos de prisão. Mas eles recorrem da sentença em liberdade. A expectativa é de que essa nova fase do julgamento termine até sexta-feira.

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