Demorou mas ela chegou. Depois de 20 dias de seca, recordes de calor, reservatórios de água em estado crítico e baixa umidade do ar, finalmente voltou a chover na capital.
Nesta quinta-feira, após os termômetros registrarem máxima de 33,7ºC, foram registrados 5,3 milímetros de água, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência). Apesar do alívio, a chuva também causou transtornos.
E a previsão para os próximos dias é de mais chuva, o que deve fazer o nível dos reservatórios parar de cair. Ontem, o volume do sistema Cantareira estava em 19% de sua capacidade Hoje, deve chover forte em todas as regiões. Os termômetros variam entre 24ºC e 29ºC. Amanhã chove novamente e a temperatura continua caindo: mínima de 19ºC e máxima de 25ºC.
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Mas segundo o meteorologista Thomaz Garcia, do CGE, as chuvas do próximos dias não devem fazer subir significativamente o nível dos reservatórios, que precisam de 1 mil milímetros de chuva para voltarem a 50% da capacidade de armazenamento.
“A média para os 90 dias do verão, que é uma estação chuvosa, é de 620 milímetros. Os reservatórios precisam de quase o dobro dessa chuva em um período muito curto. Seria um desastre”.
Mas isso não deve acontecer. Segundo a meteorologia, até o final de março o volume de chuvas não deve passar dos 100 milímetros.
E cidade deve voltar a enfrentar um longo período sem chuvas a partir de abril. “O outono e o inverno são estações secas”, diz Garcia.
Córrego transborda no Ipiranga
O temporal desta quinta-feira, que começou por volta das 16h, causou o transbordamento do córrego do Ipiranga. A região foi colocada em estado de alerta pelo CGE. Houve alagamentos na avenida Abraão de Moraes,
O temporal também interrompeu a circulação dos trens da linha 10-Turquesa, da CPTM, entre as estações São Caetano e Presidente Altino, das 17h30 e 18h. As operações do aeroporto de Congonhas, na zona sul, também foram suspensas por dez minutos.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registrou nove quedas de árvores. Uma delas atingiu um carro em Moema, na zona sul.
Paulistanos celebram a volta da chuva:
“Na verdade, eu espero que chova de verdade, porquea que caiu não deu para me resfriar o quanto eu queria”,Bruna Resta, técnica de segurança
“Eu amo a chuva. Agora, com esse calor todo,eu gosto mais da chuva do que de mim mesma”, Ângela Gomes, aposentada
“Estou comemorando a chuva mentalmente. Não gosto do calor e a chuva vai conseguir amenizar a temperatura”, Lucas Bastos, auxiliar administrativo