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Para diretor do Deic, não há aliciamento em protestos de SP

Manifestantes diante de policiamento durante protesto contra a Copa”, em São Paulo | Marlene Bergamo/Folhapress
Manifestantes diante de policiamento durante protesto contra a Copa”, em São Paulo | Marlene Bergamo/Folhapress

O diretor do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), unidade da Polícia Civil, Wagner Giudice, afirmou nesta quinta-feira que não há indícios de aliciamento de pessoas para participação em manifestações no Estado de São Paulo.

Giudice disse, ainda, que não acredita nesse tipo de prática no Rio de Janeiro, tese defendida pelo advogado dos dois suspeitos pela morte do cinegrafista da Band, Santiago Andrade.

Em entrevista coletiva, a Polícia Civil afirmou que um segundo inquérito será aberto. O objetivo é apurar se Caio foi aliciado por alguma organização de vândalos para cometer atos violentos em protestos.

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Nesta quinta, o comandante da Polícia Militar de São Paulo, coronel Benedito Meira, informou que, nos próximos protestos, jornalistas receberão um colete de identificação, iniciativa para evitar agressões contra profissionais da imprensa.

O governador Geraldo Alckmin disse que PMs formados em artes marciais e outras modalidades de defesa pessoal serão treinados para acompanhar desarmados as manifestações.

Prisão

O homem suspeito de acender o rojão que matou o cinegrafista da Band Santiago Andrade já está no presídio de Bangu, no Rio de Janeiro. Caio Silva de Souza foi encontrado em uma pousada no interior da Bahia nessa madrugada. Ao ser preso, ele chegou a admitir o crime informalmente, mas depois voltou atrás.

Caio Silva de Souza foi preso em Feira de Santana, a cerca de cem quilômetros de Salvador, na Bahia. Policiais do Rio tiveram apoio dos agentes baianos para encontrar o rapaz de 23 anos. Lá, informalmente, ele assumiu o crime – ao sair da pousada onde estava hospedado. Caio estava a caminho do Ceará, onde se esconderia na casa do avô paterno.

O jovem chegou algemado à Cidade da Polícia, na zona norte do Rio de Janeiro. Segundo as investigações, é ele quem aparece nas imagens, ao lado de Fábio Raposo, coautor do assassinato, que se entregou no último sábado. Caio foi identificado, também, em imagens exibidas pela Band que mostram quando o suspeito chega à Central do Brasil no momento em que começa o confronto com a polícia. O rapaz está segurando um pano preto, depois usado para cobrir o rosto.

Santiago Andrade foi atingido pelo rojão enquanto trabalhava na manifestação contra o aumento das passagens de ônibus. A polícia tem certeza que Caio é o homem que aparece de costas, correndo, depois lançar a bomba.

Segundo a polícia em nenhum momento Caio confessou ter acendido e lançado o rojão que matou Santiago Andrade. Mesmo assim, o delegado acredita que há provas suficientes no inquérito para que ele seja denunciado.

O suspeito foi submetido a exame de corpo de delito e encaminhado ao presídio onde vai cumprir os 30 dias da prisão temporária. Os jovens já foram indiciados por homicídio doloso – quando há intenção de matar – e crime de explosão – pois, ao acender o rojão assumiram o risco de ferir todos que estavam por perto.

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