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Ativistas LGBT protestam no McDonald’s em SP e RJ

Ativistas fizeram nesta quarta-feira, dia 5, dois protestos em frente a lojas do McDonald’s, no Rio de Janeiro e em São Paulo. O objetivo foi entregar uma carta cobrando que a multinacional se pronuncie contra leis que discriminam homossexuais na Rússia. A cadeia de restaurantes é uma da principais patrocinadoras das Olimpíadas de Inverno, que começam nesta quinta-feira, dia 6, naquele país.

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Com o slogan “O Amor Sempre Vence”, os ativistas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) organizaram atos em frente a lojas do McDonald’s na Avenida Rio Branco, no Rio, e na Avenida Paulista, em São Paulo, às 19h. Segundo os organizadores, mais de 20 cidades pelo mundo organizam atos semelhantes.

O representante da organização não governamental All Out, Leandro Ramos, que organiza o protesto no Brasil, acredita que as empresas podem usar o peso do patrocínio às Olimpíadas para influenciar a Rússia a rever leis que consideram homofóbicas. A avaliação dos ativistas é que «há uma sensibilidade aparente e flexibilidade do governo russo para a questão».

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“Existe, nesse momento disposição do governo russo com relação ao diálogo e, agora, com as Olimpíadas chegando, a visibilidade, as empresas patrocinadoras, talvez, sejam o último empurrão que precisamos para derrubar leis discriminatórias de uma vez por todas”, disse Ramos.

Segundo Ramos, empresas patrocinadoras como o McDonald’s, se apresentam como defensoras da diversidade em muitos países. “Mas fazem isso onde é conveniente e não onde a comunidade de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais precisa», criticou.

A All Out cobra do McDonald’s um pronunciamento nos moldes da norte-americanas AT&T, patrocinadora do Comitê Olímpico daquela país, que declarou apoio aberto à causa. “Disseram de maneira explicita que as leis russas são problemáticas”, disse Leandro Ramos.

Em nota, a rede de restaurante disse que apoia os direitos humanos “o espírito dos Jogos Olímpicos e todos os atletas” e que os jogos devem ser “livre de discriminação”. O McDonald’s não comentou, porém, o protesto em suas lojas.

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