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Jovens comemoram aumento de fãs após repercussão dos ‘rolezinhos’

rolezinhoAcostumados com os “rolezinhos” que acontecem há mais de 5 anos na periferia da capital, jovens que participam dos eventos comemoram o sucesso obtido nas últimas semanas por causa do debate em torno da liberação ou repressão dos encontros. As discussões, que tomaram conta do país, chegaram até o Palácio do Planalto.

Os eventos, que reúnem até seis mil adolescentes nos estacionamentos dos centros de compras, começaram em Itaquera, na zona leste, como uma oportunidade de os jovens conhecerem os chamados “famosinhos”. adolescentes desconhecidos da maioria dos paulistanos, mas que reúnem milhares de seguidores nas redes sociais.  “Ficamos conhecidos devido à nossa beleza e humildade. As meninas nos dão presentes e querem tirar fotos”, afirmou Jonathan Raphael, de 15 anos, morador de Itaquera, zona leste.

No topo da lista de “celebridades dos rolês”, Rodrigo Micael, de 16 anos, e David Maciel, de 13 anos, têm quase 20 mil fãs no Facebook. “Antes dessa divulgação toda, eram 15 mil seguidores. No final das contas, a gente só quer pegar as minas”, diz Rodrigo Micael, que vive na Vila Progresso, na zona leste.

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Eles relatam que já estão acostumados com a fama. Na lista de presentes das fãs estão centenas de cartas, ursos de pelúcia, cestas de chocolates e até calcinhas. “Ainda não sou um Wando ou um Don Juan. Ainda”, diz Micael.

Ambos planejam iniciar carreiras como cantores de funk. No dia 21, eles gravaram o primeiro single, batizado de “Rolezinho no Shopping”: “Nóis tá passando/ elas fala é mó gatinho/ é os conhecido moleque do rolezinho”, diz um trecho da letra composta pelos adolescentes.

A referência dos jovens é o músico MC Kauan, preso no dia 20 de janeiro sob a acusação de tráfico de drogas. “Só uso Quiksilver (marca de roupa) porque ele (Kauan) também usa. Eu gosto e as meninas também”, relata David Maciel.

Mãe de “rolezeiro”

A pensionista Cibele Leite, de 35 anos, conta que só ficou sabendo da fama do filho, Rodrigo Micael, quando  vizinhos e amigos comentaram sobre a repercussão dos encontros. “Quando começaram os boatos de que eles iam causar no shopping, não deixei ele ir.”

Já a mãe de David Maciel, a dona de casa Tatiana Alves, de 30 anos, conta que ficou surpresa com toda a repercussão dos eventos. “Acabou com a minha privacidade. Não posso ir ao shopping com ele. Ficam parando o tempo todo para tirar fotos.”

Imagem em xeque

Promotor de bailes funk e frequentador dos “rolezinhos”, Caio Matheus, de 18 anos, diz que os casos de vandalismo prejudicam a imagem dos encontros. “Comecei a ir aos shoppings e bailes com 13 anos e nunca tinha visto vandalismo. Vamos por causa das meninas. Nós somos os meninos que as meninas gostam.”   METRO

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