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Ônibus queimados demoram de 4 a 5 meses para serem repostos

Ônibus incendiado na Brasilândia após protesto | Reginaldo Castro/Folhapress
Ônibus incendiado na Brasilândia após protesto | Reginaldo Castro/Folhapress

As empresas de ônibus que tiveram seus veículos atacados por vândalos demoram de quatro a cinco meses para repor a frota, informa o presidente da SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Ônibus de SP), Francisco Christóvam. “Quando temos um incêndio de veículo, ele é totalmente retirado de circulação. A empresa encomenda um novo veículo. É prejuízo para os usuários e para as linhas daquela garagem”, contou em entrevista à Rádio Bandeirantes.

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De acordo com dados do sindicato, 40 ônibus foram incendiados apenas este mês na Grande São Paulo. Somente na capital foram 31 – 28 de empresas concessionárias e três de permissionárias. Os outros nove pertencem à companhias que prestam serviço intermunicipal.

Para o diretor de operação da SPTrans – que gerencia o transporte público paulistano –, Almir Chiarato, os ataques a ônibus devem ser combatidos com rigor pela polícia. “Precisa ter uma ação mais enérgica”, disse à Rádio Bandeirantes. “Nós, enquanto gestores, não entramos no setor de segurança. A Sptrans no outro dia [do ataque] quer outro ônibus na linha. Senão é multa por não cumprimento de frota. Nós estamos fazendo tudo o que podemos. A preocupação sempre foi o usuário de transporte público”.

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Chiarato acredita que a situação já está fora de controle e pede uma atitude. “É questão de segurança, de polícia”. A visão é partilhada pelo presidente da SPUrbanuss. “Se fossem piromaníacos, diria que era caso de hospício. Mas são ataques criminosos”, diz Christóvam.  “Estivemos em contato com a cúpula da segurança pública estadual e estamos somando esforços na tentativa de achar uma solução para esse problema”.

Além dos usuários do sistema de ônibus paulistano, funcionários das prestadoras do serviço também estão sendo prejudicados, diz o sindicalista. “Operadores estão com receio de colocar sua vida em risco. Incendiários às vezes nem esperam que cobrador e passageiro saíam para colocar o veículo em chamas. É uma situação delicada que já ganhou dimensões preocupantes”

Em nota à Rádio Bandeirantes, a secretaria de Segurança Pública de São Paulo informa que “todos os casos de ônibus queimados estão sendo investigados pela polícia com firme objetivo de prender os acusados”.

Leia a íntegra da nota:

“A Secretaria da Segurança Pública informa que todos os casos de ônibus queimados estão sendo investigados pela Polícia Civil, com o firme objetivo de prender os responsáveis. Além disso, a Polícia Militar mantém o policiamento preventivo e ostensivo para combater o problema. Prova disso foi a detenção realizada nesta terça-feira, 28, de oito pessoas por apedrejarem dois ônibus e atear fogo em um terceiro na região do M’Boi Mirim, na zona sul da capital paulista. Dos detidos, seis são menores de 18 anos. Os detidos serão indiciados por associação criminosa, dano qualificado, resistência e, no caso dos detidos por atear fogo ao ônibus, por incêndio”.

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