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Estilete era instrumento de trabalho, diz irmão de jovem baleado

O jovem baleado pela polícia na manifestação de sábado em São Paulo participava pacificamente do ato, disse, em entrevista à Rádio Bandeirantes, o irmão da vítima, Gabriel Chaves, de 24 anos. “Ele estava em grupo e acabaram pegando o meu irmão ali”. Fabrício Proteus, de 22 anos, levou tiros no ombro e na coxa e encontra-se internado na Santa Casa de São Paulo.

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Chaves nega que o irmão faça parte do grupo “Black Bloc”. “Meu irmão não está nem com roupa preta, capuz nem máscara nenhuma”.

Sobre a denúncia de que Fabrício estivesse portando um estilete, o irmão esclarece que esse era o instrumento de trabalho dele. “Ele é estoquista. Como carregava caixa, cortava fita, usava. Ele não ia usar isso aí [para agredir], até porque é um estilete escolar. Não dá para machucar ninguém com aquilo”.

Segundo Gabriel Chaves, tanto ele quanto seu irmão costumavam participar de manifestações. “Mas nunca teve um problema com polícia assim, sempre foi pacificamente. Nunca entrou em confronto com polícia com ninguém. Quando acontecia alguma coisa, a gente saía fora”. Chaves diz que, após o episódio, vai repensar suas participações em atos. “Estou muito abalado ainda. Foi horrível voltar para minha casa. Minha mãe em choque, quase desmaiada. Vou ter que repensar. Está tudo errado isso aí”. Até o momento, a família de Fabrício não foi procurada pela polícia para dar explicações sobre o caso.

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