O uso de animais no desenvolvimento de cosméticos, perfumes e produtos de higiene pessoal está proibido em São Paulo. O governador Geraldo Alckmin sancionou a lei 777/2013, que legisla sobre o tema. «Ouvimos a entidade defensora dos animais, a indústria cientista, veterinários, médicos, biólogos, enfim, ouvimos todo o setor e decidimos pela promulgação da lei», afirmou, em nota, o governador.
ANÚNCIO
De acordo com Alckmin, o “fator decisivo” para a promulgação da lei é proteger os animais. “Aliás, é um princípio funcional não ter crueldade contra os animais», disse.
A fiscalização do cumprimento da lei será feita pelo governo estadual por meio da Secretaria da Saúde.
Recomendados
Psicóloga é achada morta em casa com marcas de violência; ela aparece em vídeo recebendo suspeito
Passagem de frente fria aumenta umidade e pode trazer chuva para São Paulo nesta quinta-feira
Cão Joca: tutor faz despedida emocionada a pet que morreu após erro em voo: “Amor da minha vida”
Royal
A discussão sobre o uso de animais em testes de laboratório ganhou força em 18 de outubro do ano passado, quando ativistas e integrantes de ONGs de defesa dos animais invadiram o Instituto Royal, em São Roque, interior de São Paulo, para resgatar cães da raça Beagle. Os animais eram mantidos em cativeiro para testes e pesquisas na fabricação de medicamentos e cosméticos.
Além dos 178 cães, foram furtados sete coelhos – que também eram submetidos a testes, como mostrou um documento obtido pela Band.
Dos exames realizados no Instituto Royal entre 2006 e 2012, 62,3% são testes de produtos farmacêuticos, como por exemplo, para combater o câncer. Cerca de 20% eram destinados à pesquisa e ao desenvolvimento de moléculas e 1,3% teve como fim a avaliação de cosméticos.