O número de policiais civis demitidos por crimes ou irregularidades cometidas no exercício da função no Estado de São Paulo cresceu 22% no ano passado.
Em 2013 foram 1.362 inquéritos instaurados e 183 policiais demitidos. Já em 2012 foram instaurados 1.994 inquéritos e 150 policiais demitidos. E a tendência vem sendo de alta nos últimos anos. Em 2011, o levamento revela 112 afastamentos. Em dois anos, o crescimento chega a 62%.
A Secretaria de Segurança Pública informa que os desligamentos vão desde crimes contra a administração pública até contra a pessoa e o patrimônio.
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Um funcionário da Corregedoria da Polícia Civil informou, com a condição de não ser identificado, que a maioria dos casos de expulsão está ligada a esquemas de corrupção e extorsão. O mais comum é o agente ser pego por liberar um suspeito de flagrante mediante o pagamento de propina.
O corregedor Geral da Polícia Civil, Nestor Sampaio Penteado Filho, afirmou, por meio de nota, que “estão sendo aprimorados os mecanismos para coibir desvios de conduta praticados pelos agentes”.
Segundo ele, a recente implantação do Serviço Técnico de Análise de Perfis Criminais e Transgressores desenvolve estudos e pesquisas comportamentais voltadas à prevenção de infrações.
Já na PM, as demissões ficaram praticamente estáveis. Foram 360 no ano passado, ante 365 em 2012. Já o número de inquéritos instaurados caiu. Em 2012 foram 2.715 investigações contra policiais, ante 2.386 em 2013. Uma redução de 12%.
A Corregedoria da PM informa que o número de demissões nos últimos cinco anos corresponde a 0,3% do efetivo e “trata-se de uma extrema minoria.”
Para o especialista em segurança Guaracy Mingardi, três medidas precisam ser tomadas pelo Estado: “melhorar a investigação social do candidato na hora da seleção, investir nas corregedorias e melhorar o salário do policial.”