O prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) negou que o projeto que retira favela da região da cracolândia, no centro de São Paulo, seja um projeto que valha até a Copa do Mundo, em julho. “Isso aqui é para valer. Não tem prazo para terminar. É para dar certo”, disse, nesta manhã, em visita à região.
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De acordo com o prefeito, o objetivo do projeto é oferecer «medicamente, acompanhamento psiquiátrico para quem precisa», referindo-se aos viciados que vivem na região. Esta quinta-feira marca o segundo dia da remoção da favela instalada na Cracolândia. Os barracos haviam sido erguidos no ano passado na esquina da Rua Helvétia com a Alameda Dino Bueno.
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Hotel
As famílias retiradas do local estão sendo transferidas para hotéis da região. Os moradores também passarão a trabalhar como zeladores de praças, recebendo R$ 15 por dia trabalhado. Segundo o secretario municipal de saúde, José de Filippi Junior, o objetivo é “recuperar a dignidade dos dependentes por meio do trabalho”.
O trabalho de cadastramento dos grupos e a transferência para hotéis da região acontecerão ao longo dos próximos dias. Das 300 famílias foram cadastradas até agora, 100 já estavam em hotéis e a expectativa é que outra centena fosse transferida. Esse é um trabalho “sem prazo para terminar”, de acordo com a secretaria municipal de assistência social, Luciana Temer.
Durante a manhã de quarta-feira, o secretário municipal de Segurança Urbana, Roberto Porto, rechaçou qualquer crítica em relação à transferência do consumo de drogas da Cracolândia para os hotéis. Segundo Porto, trata-se de um trabalho que deve ser feito aos poucos e a prefeitura sabe que o consumo de crack não acabará de uma hora para outra. Boa parte dos secretários envolvidos na operação ressaltavam: “a remoção dos barracos vai no ritmo deles, não no nosso”.
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