O governo de São Paulo pretende criar cinco centros de distribuição de medicamentos para evitar perdas e roubos, indicou, em entrevista à Rádio Bandeirantes, o secretário-adjunto de Saúde, Wilson Pollara. “Hoje, gastamos R$ 6 bilhões em remédios. Estimamos que 10% podem ser perdas”. Alguns locais para receber os centros são a capital, Campinas e Ribeirão Preto, por exemplo.
Pelo plano, uma empresa será contratada para melhorar os pontos de distribuição que já existem. “O estado não vai gastar mais, vai reduzir o seu gasto. O custo da parceria será de R$ 150 milhões e ela representa uma economia muito grande”, apontou, analisando que os custos em decorrência de roubos e perdas tomem R$ 600 milhões da verba do setor.
Neste momento, há uma consulta pública que apresenta o projeto às empresas interessadas. Em um prazo de 30 ou 40 dias, elas deverão apresentar suas propostas ao governo paulista em licitação. Segundo Pollara, a empresa interessada em assumir o serviço deverá ter “estrutura de capital e tamanho”. “E experiência em transporte de medicamento ou contratar consultoria nessa área”, complementa.
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Perdas
No ano passado, São Paulo perdeu – considerando apenas o registrado em boletins de ocorrência – R$ 40 milhões em medicamentos roubados, de acordo com o secretário-adjunto. Por esse motivo, a empresa vencedora da licitação deverá firmar um seguro contra furtos. Atualmente, alguns medicamentos específicos já possuíam seguro pelo seu alto custo, como os de combate ao câncer. “Um tratamento oncológico pode chegar a R$ 30 mil”, relata Pollara.
Serviço
Uma das responsabilidades da empresa vencedora, segundo o secretário, é manter a estrutura existente, além de melhorá-la. Outra facilidade pretendida é que os pacientes possam receber o medicamento em casa. “Isso nas áreas em que for possível. E eles receberão o pacote com todos os remédios”. A secretaria também afirma que continuará disponível para receber reclamações ou denúncias sobre o serviço por meio de sua ouvidoria.