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Senadores condenam presídio dos horrores no Maranhão

Comissão visitou complexo penitenciário de Pedrinhas | Clayton Montelles/Governo do Estado do Maranhão
Comissão visitou complexo penitenciário de Pedrinhas | Clayton Montelles/Governo do Estado do Maranhão

Após a morte de 62 pessoas nos últimos 12 meses, o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), recebeu ontem a visita de quatro senadores da CDH (Comissão de Direitos Humanos) do Senado, que constataram problemas de higiene e, principalmente,  de superlotação.

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“São cubículos extremamente fechados, sujos e superlotados. Há também a falta de ventilação e de limpeza”, afirmou a senadora Ana Rita (PT-ES), presidente da comissão.

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Durante a inspeção, um grupo de presos se recusou a comer a marmita oferecida e jogaram a comida pelo chão. “A greve de fome foi para chamar a atenção. A comida estava em boas condições”, atestou o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

A comitiva, porém, não conseguiu entrar na ala, onde duas facções disputam poder no presídio e foram registrados os casos de decaptação dos presos. A direção da penitenciária alegou falta de segurança.

As conclusões sobre as condições em Pedrinhas serão apresentadas na comissão, mas apenas na volta do recesso parlamentar, em fevereiro.

 

Retirada da polícia

A Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Maranhão pediu ontem a retirada de policiais de dentro do presídio. Há relatos de que presos estão recebendo tiros de balas de borracha e as famílias estão sofrendo ameaças e agressões durante as visitas. “Isso gera uma cultura de violência entre os detentos”, afirmou o presidente da OAB/MA, Mário Macieira.

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