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Rio tem índice UV extremo; médico alerta para risco de câncer

Com calor de 35,6oC, as praias do Rio de Janeiro ficaram cheias mais uma vez nesta quarta. Mas a exposição ao sol também traz riscos à saúde porque a cidade enfrenta índices extremos de raios UV (Ultravioletas).

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Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o índice de incidência na cidade atingiu 13 pontos em uma escala que vai até 18.

O médico Paulo Roberto Abdala Issa alerta que o efeito acumulativo dos raios nas células pode alterar o DNA e  causar câncer.

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“A exposição ao sol que o adolescente está tendo agora vai repercutir na sua vida adulta. Já temos relatos que os problemas estão ocorrendo cada vez mais cedo. Não é proibido ir à praia, mas deve-se tomar cuidado”, comenta.

O médico também explica que usar protetor solar com fator FPS entre 30 e 70 protege 96% do corpo. Mesmo assim, deve-se evitar o sol entre 11h e 16h, quando há maior incidência de raios. Também é aconselhado usar óculos escuros e se proteger em barracas ou em um guarda-sol na praia.

Os raios UV são responsáveis por manter o planeta aquecido. Como têm ultrapassado cada vez mais a barreira da camada de ozônio, chegam à Terra mais intensos que ocorrem normalmente.

Afogamentos

O forte calor também aumentou o número de ocorrências de afogamento em todo o Estado.

Apenas neste início de ano, a média de salvamento registrada pelos bombeiros é de 827 por dia.

“Quem for à praia deve localizar as placas e bandeiras que indicam os lugares de maior risco.  Caso  veja  uma pessoa em dificuldade, ela deve acenar para um guarda-vida e não entrar em contato com a pessoa, porque ela pode se tornar uma segunda vítima”, alerta o tenente-coronel Marcelo Pinheiro, comandante do Grupo Marítimo de Copacabana, em entrevista à Band.

Segundo dados do Corpo de Bombeiros, no ano passado foram registrados cerca de 24,6 mil casos de afogamento em todo o Estado. Em 2012, foram mais de 16,5 mil e vítimas.

 Sorvete animal

A alta temperatura não poupou ninguém ontem. Para aliviar os bichos, o zoológico distribuiu comida bem gelada para os animais. Macacos ganharam picolés de suco de fruta. Já os ursos aproveitavam as frutas congeladas. Os filhotes ficaram na maternidade, com o ar-condicionado ligado.

Tigre ganhou carne congelada | Lucas Landau/Reuters

 

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