A prefeitura prevê gastar R$ 60 milhões em R$ 2014 para garantir a promessa de campanha do prefeito Fernando Haddad (PT) de acabar com a taxa de R$ 47,44 da inspeção veicular.
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O montante, que garantirá a isenção para motoristas aprovados no teste de emissão de poluentes, está previsto no Orçamento para o próximo ano.
A quantia é 24 vezes superior ao orçado para este ano, quando a dotação deixada pela gestão de Gilberto Kassab (PSD) foi de R$ 2,5 milhões (veja ao lado).
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A previsão orçamentária também tem como destino garantir o novo modelo de inspeção proposto pela gestão Fernando Haddad.
A partir de 2014, veículos com até três anos de fabricação não precisarão fazer o teste de emissão de poluentes. Ele só será obrigatório, a cada dois anos, a partir do quarto licenciamento.
Somente os veículos com mais de nove anos de fabricação e os movidos a diesel terão que realizar a inspeção anualmente.
Novo modelo
A partir de fevereiro, a Secretaria do Verde e Meio Ambiente irá licitar o novo modelo de inspeção veicular para a capital. Quatro consórcios irão substituir a Controlar, empresa que realizará o serviço até 31 de janeiro.
De acordo com a prefeitura, as empresas vencedoras poderão cobrar no máximo R$ 40,86 dos motoristas reprovados no novo modelo de inspeção.
Corte perigoso
Segundo o consultor Gabriel Murgel Branco, especialista em programas de emissão de poluentes, a prefeitura alterou as regras da inspeção para conseguir economizar com o serviço e garantir o cumprimento da promessa de campanha.
Ele afirma que para manter o serviço com a regra atual, submetendo toda a frota ao teste uma vez por ano, seriam necessários R$ 170 milhões para subsidiar o fim da taxa. “A mudança nas regras, como propõe o governo Haddad, terá como resultado uma piora na qualidade do ar em São Paulo. No futuro, essa conta irá chegar para a cidade.”
Procurada para comentar o aumento dos gastos com a inspeção, a Secretaria do Verde não respondeu à reportagem.