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Governador do Espírito Santo diz que não haveria prevenção suficiente

“Foi o lugar que mais choveu no mundo nas últimas horas”, disse, em entrevista à Rádio Bandeirantes, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB). Desde que as intempéries começaram a atingir o estado capixaba, 21 pessoas perderam a vida.

De acordo com Casagrande, para conter a chuva desse período, não havia trabalho de prevenção suficiente porque deslizamentos estão acontecendo em áreas antes consideradas seguras. “Áreas de encostas de cobertura florestal passam a ser consideradas perigosas. Qualquer quantidade de chuva agora é risco pela umidade que está no solo”.

O governador, que neste momento segue para a região das cidades de Itaguaçu e Santa Leopoldina, aponta que o trabalho a ser feito agora é de assistência. “Temos nove aeronaves trabalhando; alguns distritos e municípios estão isolados ainda. Nossa prioridade é diminuir o risco”.

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A visita da presidente Dilma Rousseff à região, na tarde da véspera de Natal, foi importante, segundo Casagrande, porque a mandatária pôde observar a gravidade da situação. “Ela editou uma MP [Medida Provisória, que será assinada] hoje de recursos de reconstrução. Estamos assinando a MP hoje”. Casagrande aponta que a verba será destina à construção de ruas, casas e pontes.

Por causa das chuvas, o Espírito Santo está em “alarme permanente”, diz o governador, que informa que 170 integrantes do Exército iram ao estado participar dos trabalhos de ajuda.

 

Defesa Civil

A Defesa Civil do Espírito Santo confirmou, na noite de quarta-feira, que o número de mortos por causa das chuvas subiu para 21. O estado tem 50 cidades afetadas, das quais 22 estão elaborando documentos para decretar estado de calamidade pública. Ao todo, os desabrigados já são quase 50 mil.

Em Colatina, no noroeste do Espírito Santo, quatro corpos, entre eles os de um casal e da filha de 10 anos, foram retirados hoje dos escombros. Mais de 100 famílias que moram perto do local do desabamento foram retiradas de suas casas e os imóveis que apresentavam risco foram demolidos.

Na cidade de Baixo Guandu, também no noroeste do Estado, a prefeitura confirmou mais mortes. Quatro pessoas de uma mesma família foram soterradas após o desabamento de uma casa.

Um helicóptero da Marinha leva medicamentos, água e comida às áreas isoladas. Já uma aeronave da Polícia Militar socorreu um homem que teve as duas pernas quebradas, em um resgate demorou mais de 15 horas.

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