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São Paulo tem até fevereiro para vetar táxis em corredores

Promotor Maurício Ribeiro Lopes  e o secretário dos Transportes, Jilmar Tatto | Bathista Lima/Frame/Folhapress
Promotor Maurício Ribeiro Lopes
e o secretário dos Transportes, Jilmar Tatto | Bathista Lima/Frame/Folhapress

O promotor de Habitação e Urbanismo Maurício Ribeiro Lopes deu ontem prazo de 45 dias para que a Prefeitura de São Paulo proíba a circulação de táxis nos corredores de ônibus, à esquerda. Hoje, esses de veículos já são proibidos de utilizar as faixas exclusivas, à direita, sob pena de multa de R$ 53,20. A cidade tem atualmente 34 mil taxistas.

Caso a administração pública não acate a recomendação, o promotor promete entrar com uma ação civil pública na Justiça.

A decisão do MP (Ministério Público) foi tomada após avaliação de um estudo feito pela própria prefeitura, que recomenda que apenas ônibus devem utilizar os corredores. Segundo o levantamento, com a presença dos táxis, os ônibus perdem 25% da velocidade.

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Desde que assumiu o cargo, o secretário dos Transportes, Jilmar Tatto, vem afirmando que os táxis atrapalham a fluidez nos corredores. “Se constatou o que já sabíamos. Tudo que entra no corredor atrapalha o ônibus. A gente só não sabia o quanto. E verificamos que 1% dos usuários de carro atrapalham 99% dos usuários do transporte coletivo”.

Mas, segundo Tatto, ainda não há uma decisão sobre a retirada dos táxis. “A medida precisa ser discutida com a sociedade”.

O promotor Ribeiro Lopes afirmou ontem que irá processar sindicatos da categoria que incitarem novos protestos, como o de anteontem, quando taxistas bloquearam o viaduto do Chá e vias como as avenidas Paulista, Rubem Berta e 23 de Maio.

Para o presidente do Sindicato dos Taxistas, Natalício Bezerra, a proibição é contraditória. “Também somos transporte público. Muitas vezes transportamos pessoas doentes. Não vejo motivo para o veto”.

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