Na Câmara Municipal de São Paulo, vereadores da oposição e da base aliada dividem uma mesma dúvida: por onde anda o prefeito Fernando Haddad (PT)?
Para os parlamentares, a viagem de 10 dias do prefeito para Itália, onde foi comemorar 25 anos de casamento, ocorreu na hora errada. A administração municipal enfrenta uma batalha judicial para definir o futuro da inspeção veicular, protestos do movimento sem-teto e os debates sobre o reajuste do IPTU 2014. Todos esses problemas aguardam o retorno do prefeito ao trabalho, na segunda-feira.
Os vereadores afirmam que, no caso da inspeção, Haddad sabia do risco de a Controlar obter na Justiça o direito de continuar a explorar o serviço. Agora, ele será cobrado pelos motoristas que que não sabem se precisam ou não fazer a inspeção e quais serão as consequências.
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Com relação ao aumento do IPTU, a oposição questiona a ausência do prefeito no debate. A alegação é de que apenas o secretário de Finanças, Marcos Cruz, e técnicos da pasta apareceram para justificar uma revisão que pode significar um aumento de 73% para imóveis residenciais até 2016. Vereadores reclamam do desgaste junto aos eleitores para aprovar um reajuste tão alto.
No caso dos sem-teto, a avaliação é de que o prefeito não deu atenção devida ao problema, deixando que técnicos da Secretaria da Habitação cuidassem da questão. Ontem, um grupo tentou invadir a sede da prefeitura. A vice-prefeita, Nádia Campeão, não recebeu os manifestantes.
A sina dos dez dias
A situação de Haddad lembra a enfrentada pela ex-prefeita Marta Suplicy (PT). Em 2004, faltando um mês para o fim de seu mandato, ela tirou dez dias de férias e seguiu para Paris, na França. Durante a folga da ex-prefeita, a cidade enfrentou uma das piores enchentes daquele ano. Na época, a pergunta na Câmara era a mesma de agora: onde está a prefeita?
Outro lado
Em nota, a assessoria do prefeito afirma que ele mantém contato telefônico diário com seu gabinete e secretários e que foi comunicado sobre o desenrolar de cada um dos casos citados pelos vereadores.