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Animais soltos não tinham sinais de maus-tratos, diz promotor

Ativistas resgatam cães da raça beagle do Instituto Royal, em São Roque, em São Paulo | Avener Prado/Folhapress
Ativistas resgatam cães da raça beagle do Instituto Royal, em São Roque, em São Paulo | Avener Prado/Folhapress

O promotor do Ministério Público de São Roque, Wilson Velasco Júnior, que investiga o Instituto Royal, de onde foram retirados diversos cachorros na madrugada desta sexta-feira, afirma que não constatou sinais de maus-tratos aos animais usados nos testes do laboratório em visitas recentes.

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Em entrevista à Bandnews FM, o promotor relatou que esteve no local no fim do ano passado e meados deste ano acompanhado de um veterinário e um biólogo.

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Ele afirma que a retirada dos animais do local vai prejudicar as investigações.

O caso

Ativistas e integrantes de ONGs de defesa dos animais invadiram o Instituto Royal, em São Roque, no interior paulista, para resgatar cães da raça Beagle. Os animais, entre outros bichos, eram mantidos em cativeiro para testes e pesquisas na fabricação de medicamentos e cosméticos.

Um pequeno grupo de manifestantes estava acampado em frente o laboratório desde o início da semana após um protesto pelas ruas da cidade no último sábado.

Em entrevista à Bandnews FM, a ativista Juliana Stefaninni afirmou que alguns dos animais estavam mutilados.

Às 2h desta sexta, mesmo com a presença da Polícia Militar e da Guarda Municipal, parte das cerca de 100 pessoas que estavam no local quebrou um dos portões, invadiu o laboratório e recolheu dezenas de cães.

Processo

O Instituto Royal afirmou que processará os ativistas que invadiram o laboratório da organização na madrugada desta sexta-feira e resgataram 178 cães da raça beagle que estariam sofrendo maus tratos.

Segundo o diretor científico do instituto, João Antônio Pegas Henriques, o departamento jurídico já foi acionado e pretende responsabilizar nas esferas civil e criminal os autores da invasão. A Polícia Civil foi acionada para fazer uma perícia no local.

Durante o resgate dos animais, os ativistas danificaram computadores, arrombaram portas, depredaram instalações e furtaram computadores e documentos.
Ainda de acordo com Henriques, os animais levados não estão preparados para viver em qualquer ambiente e muitos estavam em tratamento.

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