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Motorista foge de assalto e morre atropelado na Fernão Dias

Um motorista que fugia de uma tentativa de assalto morreu atropelado por dois carros no limite da cidade de Guarulhos com o bairro do Jaçanã, no quilômetro 84,5 da rodovia Fernão Dias, em São Paulo. O acidente também vitimou um dos condutores dos outros veículos envolvidos. O caso ocorreu por volta das 22 horas de quarta-feira.

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João José de Souza, de 43 anos, parou o veículo na estrada porque as rodas furaram em razão de pedras na pista. Enquanto trocava o pneu, o motorista teria sido abordado por bandidos. A polícia acredita que ele correu na rodovia para pedir ajuda. O caso foi registrado no 73º Distrito Policial.

O homem foi atropelado por um veículo e seu corpo arremessado para cima de outro, que seguia no sentido contrário e teve o para-brisa estourado. Um casal ocupava esse carro. A mulher, Daniela da Silva de Oliveira, teve ferimentos leves e foi levada para o pronto-socorro do Hospital de Mairiporã, em estado de choque. Já o marido, Rogério Antônio Aroni, morreu na hora.

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No começo da tarde desta quinta, a polícia apreendeu dois menores, de 14 e 15 anos, que teriam atirado os objetos na rodovia para provocar os furos no pneus e realizarem o assalto. Eles foram abordados próximo ao local onde ocorreu a tragédia.

Só quatro viaturas

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) tem apenas quatro viaturas para patrulhar os 90 quilômetros da rodovia Fernão Dias em São Paulo, desde a divisa estadual com Minas Gerais até o entroncamento com a via Dutra.

«Não medimos esforços, nos desdobramos para distribuir as rondas da melhor forma possível. Tentamos otimizar todas as nossas ações», disse o inspetor-chefe da PRF Antônio de Thomáz Junior em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Sobre os acontecimentos da noite de quarta-feira, Thomáz Junior classificou como um acidente.

«Embora tenha sido uma tragédia, a PRF chegou e prestou pronto atendimento, de imediato, tão logo as pedras foram colocadas na pista», diz o inspetor, que lembra que o fato não acontecia desde abril.

Para Thomáz Junior, «não visualizar uma viatura em determinado trecho não quer dizer que não estamos presentes». «Isso se vê pelo tempo de resposta. Temos como constatar isso através de nossas estatísticas». Segundo o inspetor, o efetivo que trabalha no trecho paulista da Fernão Dias «tem perfil para atender essa ocorrência no menor tempo de resposta».

O planejamento da ronda é feito em conjunto com delegacias e as viaturas ficam circulando ao longo do dia. «A viatura não pode ficar parada nesse trecho as 24 horas do dia. Fazemos uma escala em separado para que os policiais atuem nos locais de maior incidência, para atender o maior número de usuários».

Apesar do número baixo de veículos e de efetivo, o inspetor não reclama de falta de estrutura. «Não digo falta de estrutura, não vou negar que, se tivéssemos um efetivo maior, poderíamos atuar de uma forma melhor. Dentro do que nos foi colocado, do efetivo que tenho em mãos, posso afirmar que faço o meu melhor para dar segurança ao cidadão».

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