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Desabamento em São Mateus: prefeitura troca supervisor

Bombeiros procuram vítimas nos escombros da obra | André Porto/Metro
Bombeiros procuravam vítimas nos escombros da obra | André Porto/Metro

A prefeitura decidiu substituir o supervisor de fiscalização da subprefeitura de São Mateus, na zona leste.

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A medida ocorre durante as investigações das causas do desabamento de uma obra, em agosto, que resultou na morte de 10 pessoas e deixou outras 26 feridas.

Segundo o secretário das Subprefeituras, Chico Macena, outros funcionários serão substituídos.

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Desabamento

Na manhã do dia 27 de agosto, um prédio em construção caiu na avenida Mateus Bei, na zona leste de São Paulo. O acidente matou dez pessoas e deixou outras 26 feridas.

Segundo as investigações, a obra estava em situação irregular. A subprefeitura de São Mateus já havia multado e embargado a construção, que continuou mesmo sem autorização.

Fiscalização

A principal suspeita de causa da tragédia são indícios graves de irregularidades na fiscalização da obra. A Band teve acesso, com exclusividade, a informações que comprometem funcionários da subprefeitura que deveriam ter interditado a construção.

Sob os escombros do desabamento que chocou São Paulo essa semana, um denúncia grave. A arquiteta que assinou a planta inicial do prédio afirma que foi um fiscal da subprefeitura que pediu que ela assinasse um projeto que já existia.

Décio Soares de Lima é supervisor de fiscalização da prefeitura de São Mateus, bairro onde aconteceu a tragédia. É dele o despacho afirmando que o embargo da obra foi respeitado após visita do seu subordinado. Em abril, Valdecir Galvan esteve na construção e constatou irregularidades. Ao questionar o proprietário, disse ter ouvido de Mustafah Abdala, que apesar de ilegal a construção estava garantida junto a prefeitura mediante acerto.

Uma denúncia anônima também foi feita ao serviço de atendimento com o mesmo conteúdo, pedindo intervenção policial.

Mas nada foi feito. Valdecir, o funcionário que tentou impedir que a construção continuasse, acabou pedindo exoneração do cargo dias depois. A obra, que começou em 2002, continuou sem ser devidamente interditada.

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