A decisão da prefeitura de abrir o parque Ibirapuera 24 horas aos finais de semana pode acabar em uma disputa judicial. Associações de bairro do entorno da área verde pretendem entrar com representações no MP (Ministério Público) para tentar impedir a iniciativa, prevista para começar no dia 28. A medida também é contestada pelo conselho gestor do Ibirapuera.
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Presidente da Sojal (Associação de Moradores e Amigos do Jardim Lusitânia) e membro do conselho, Otávio Villares de Freitas afirma que a prefeitura tem outras prioridades a resolver antes de propor portas abertas durante a madrugada. “Não é só a prioridade do prefeito que vale. É preciso ouvir a sociedade. A proposta é claramente populista.”
Conselhieros afirmam, ainda, que falta verba para que a medida possa ser adotada. A estrutura de segurança também suficiente para manter o parque aberto 24h. Villares cita como exemplo o local conhecido como Autorama, ponto de prostituição no Ibirapuera. “A movimentação ali começa a partir das 16h e vai durante toda à noite. Ainda há o consumo de drogas e a música alta. A prefeitura sabe disso e não resolve”.
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Ele ainda lista outros problemas, como a questão do comércio ambulante irregular e os acidentes causados por skatistas que não respeitam os demais frequentadores.
A Sojal irá aguardar a reunião do conselho gestor, marcada para amanhã, antes de decidir se irá recorrer à Justiça. “Seremos informados oficialmente da iniciativa na reunião de amanhã. Se a medida for mantida, vamos à Justiça.”
A proposta de abrir o Ibirapuera 24h ganhou força após a Virada Ambiental, realizada em agosto.
Em seu Plano de Metas, o prefeito Fernando Haddad promete manter 33 espaços funcionado durante a madrugada até 2016 aos finais de semana.
Ainda este ano, a prefeitura quer que, além do Ibirapuera, outros 11 clubes municipais funcionem ininterruptamente.