Bombeiros fazem minuto de silêncio | Adriano Lima/Brazil Photo Press/ Folhapress
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A prefeitura irá investigar por que o fiscal Valdecir Galvani de Oliveria, responsável pelo embargo do imóvel que desabou em São Mateus, na zona leste, não comunicou à polícia e ao MP (Ministério Público) que a obra, mesmo embargada, continuava em andamento.
Ontem, o prefeito Fernando Haddad (PT) recebeu um documento relatando o processo de fiscalização feito por esse agente e disse que o conteúdo “inspirou mais dúvidas do que a prefeitura gostaria”.
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No processo, o fiscal relata que, no dia 26 março, um dia após o embargo da obra, verificou que os trabalhos continuavam. Ele, então, registrou uma queixa junto à subprefeitura de São Mateus, que respondeu já ter emitido o auto de embargo e multado o proprietário.
Anexo ao processo, ele incluiu um relatório indicando que denunciaria a situação à Ouvidoria, ao MP e à polícia, mais isso não ocorreu. No dia 4 de abril, o agente pediu exoneração. “No documento, o fiscal escreveu que o proprietário do imóvel afirmou que estava tranquilo porque tudo estava acertado com a prefeitura”, disse Haddad.
O controlador-geral do município, Mário Vinícius Spinelli irá ouvir todos os envolvidos no caso, incluindo o agente vistor e o subprefeito de São Mateus, Fernando Elias Alves de Melo.
Mais cedo, Haddad já havia dito que cidade precisa de um novo Código de Obras. Mas o projeo só deve ser enviado à Câmara após a aprovação do novo Plano Diretor, que será votado em setembro.
Dois últimos corpos são encontrados
O Corpo de Bombeiros encontrou ontem os corpos dos dois últimos operários que continuavam desaparecidos. As equipes de resgate deram por encerradas as buscas e o local foi liberado para a perícia, que avaliará as causas do acidente. Os bombeiros fizeram um minuto de silêncio em homenagem às 10 vítimas. “Apesar das dez mortes, ficamos felizes por salvar tantas vidas”, afirmou o major Anderson Lima.