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Levantou a taça

<a href=»http://metrojornal.com.br/wp-content/uploads/2013/08/jose-luiz-datena1.jpg»><img class=»alignleft size-large wp-image-11990″ alt=»jose-luiz-datena» src=»http://metrojornal.com.br/wp-content/uploads/2013/08/jose-luiz-datena1-300×162.jpg» width=»300″ height=»162″ /></a>Não tenho dúvida nenhuma, afinal aconteceu comigo nesse fim de semana. Aliás, ontem mesmo, no aeroporto de Congonhas. O brasileiro é honesto pra caramba.

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O brasileiro de quem falo é o cara trabalhador, aquele que não é eleito pra nada, que não depende de cargo nenhum, que não é famoso, mas acima de tudo é cidadão. Pois é, lá estava eu esperando a dona Matildes desembarcar, comendo um salgado, tomando um único chope, que só foi único porque achei doce demais apesar da minha folga, e conheci nestes bate-papos, nos quais você encontra pessoas interessantes, um cara chamado Bellini, de Vitória, no Espírito Santo.

Entre as palavras, passava na televisão um documentário do Vasco, e o Bellini Sergipano comentou que seu nome era uma homenagem do pai ao grande capitão da seleção brasileira campeã do mundo.

Tá legal. Terminada a conversa, um forte abraço no amigo conhecido há pouco e lá fui eu preparado para receber minha esposa, que foi à Goiânia visitar minha recém-nascida neta.

Até agora parece um baita papo furado, mas explico o porquê não é. A razão de o brasileiro ser honesto? De repente, me aparece o Bellini com a velocidade do capitão da Copa, correndo em minha direção.

Sabe por quê? Claro que não, você não estava lá.

Bom, preocupadíssimo em não encontrar depois do abraço, lá vem o amigo recente com a minha carteira com uma grana razoável que eu havia esquecido na mesa do restaurante do aeroporto. E além de tudo, a carteira era novinha que, cá entre nós, ninguém gosta de perder nada de novo e ainda mais com dinheiro dentro.

Tão memorável como o gesto de levantar a taça, Bellini me devolveu minha carteira com o sentimento honesto do dever cumprido. Não foi o primeiro a fazer isso. Muitos já o fizeram, o que prova que a maioria de vocês que está lendo essa coluna é honesta mesmo.

O fato é que fiquei feliz da vida, afinal, ultimamente, muitas pessoas têm batido muito mais a minha carteira do que a devolvido. Estou me lixando para eles, legal foi o gesto do Bellini, capitão da honestidade.

Se outros seguissem seu exemplo, principalmente aqueles que a gente elege, com certeza a Copa do Mundo a ser disputada no Brasil teria um significado muito maior. Afinal, não se sabe ao certo o quanto a Fifa avança no dinheiro público, quer dizer, na carteira do brasileiro, para bancar o seu maior evento mundial.

É aquela mesma história de sempre: faltam hospitais, salas de aula, transporte coletivo, mas, sinceramente, já me considero satisfeito. Mesmo se o nosso capitão não levantar o troféu no final da Copa, tenho orgulho de ver que a nossa seleção do povo é maioria em honestidade.

E aos canalhas de sempre, aquele velho recado: mais vale uma derrota honesta, dentro ou fora de campo, do que uma vitória imoral.

Me ajuda aí.

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