O pai da família de policiais militares assasinada em São Paulo foi morto de três a dez horas antes que as outras vítimas. A informação preliminar, dos bastidores do IML (Instituto Médico Legal), é do repórter Pedro Campos, da Rádio Bandeirantes.
O laudo inicial também já teria outras duas descobertas. A primeira é sobre a ordem das mortes. O primeiro a falecer foi o pai. Após o período de três a dez horas, a mãe teria sido morta.
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A terceira pessoa a ser assassinada foi a tia-avó, seguida da avó. O menino de 13 anos foi o último a morrer.
O IML também verificou um hematoma em um dos braços do garoto. Não foi passada à reportagem a informação sobre qual teria sido o braço.
O laudo definitivo deve ser divulgado em cerca de 30 dias.
Sobre as investigações, a polícia deve ouvir o comandante Wagner Dimas Alves Pereira, do 18º Batalhão da PM-SP (Polícia Militar de São Paulo), onde a mãe do menino, Andréia Pesseghini, atuava. O motivo é a entrevista concedida por ele, ontem, à Rádio Bandeirantes.
Na ocasião, Pereira confirmou que Andréia fez parte de um grupo que denunciou o envolvimento de policiais no roubo de bancos.
Vídeo
Imagens divulgadas na terça-feira pela Polícia Civil mostraram o momento em que o filho do casal, um menino de 13 anos, suspeito de matar a família, chega à escola em que estudava com o carro da mãe.
O vídeo foi registrado por uma câmera de segurança da rua. O garoto teria matado o pai, um sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar); a mãe, também uma policial militar; além da tia-avó e da avó por parte de mãe.
Um amigo reconheceu o colega de colégio ao ver a gravação, segundo a polícia. O garoto sai do veículo e se dirige para a escola. O menino estava com a mesma mochila que foi encontrada por policiais militares na casa da família, após o assassinato.
Escola
Investigações do DHPP (Departamento de Homicídio de Proteção à Pessoa) de São Paulo revelam que o menino de 13 anos, suspeito de ter matado os pais policiais militares, a avó e uma tia avó na zona norte de capital paulista, tenha ido à escola após o crime. Depois da aula, o garoto ganhou uma carona até sua casa, onde teria se suicidado.
«Tudo leva a crer, após análise de imagens nas proximidades do colégio, que o menino matou os familiares na noite do domingo e, na segunda-feira, foi de carro até o colégio», afirmou o coronel Benedito Meira em entrevista à Rádio Bandeirantes. Segundo ele, trata-se de «uma tragédia familiar».
O coronel afirmou, ainda, que «todas as pessoas morreram após serem baleadas com a mesma pistola – calibre 40 – que foi encontrada debaixo do garoto. O disparo que ele tomou na cabeça leva a crer que foi um suicídio». “Em 32 anos de polícia nunca vi nada igual”, afirmou o coronel.
Um revólver também foi encontrado pela polícia na mochila do filho do casal de policiais militares.
O caso
Um sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), a mulher – também policial militar, a sogra, de 67 anos, a tia da esposa, de 55, e o filho de 13 anos foram encontrados mortos em duas casas de um mesmo terreno, na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo.
O crime, segundo investigações da polícia, teria ocorrido no domingo (4), mas só foi descoberto nesta segunda-feira. O filho do casal de PMs, que também morreu, teria sido o atirador. Depois do crime, ele teria ido à escola, voltado e se matado com um disparo na cabeça.
De acordo com o Comando da PM (Polícia Militar), o sargento da Rota deveria ter entrado no trabalho às 5h e a mulher dele, às 9h. A polícia foi encaminhada até a casa da Brasilândia depois que colegas do 18º Batalhão, da Freguesia do Ó, estranharam a falta da agente.