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Perita afirma que acusação sobre o garoto é preciptada

Segundo a investigação, família foi morta no domingo | Reprodução/Facebook
«Pode ser que alguma coisa mude», diz Maria do Rosário | Reprodução/Facebook

A presidente da Associação dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo, Maria do Rosário Mathias Serafim, afirmou nesta quinta-feira, em entrevista ao Brasil Urgente, que «custa a acreditar» que foi o menino de 13 anos o atirador de toda a família em São Paulo. O pai, um sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar); a mãe, também policial militar; a avó; a tia-avó e o garoto foram encontrados mortos no início da semana, na zona norte.

«Minha descrença se prende à pressa de se falar tão rapidamente quem foi o acusado do crime», afirma. Segundo ela, «isso depende de uma série de perícias complementares». E complementa,  «se foi o menino, é a mente mais doentia» que ela já viu.

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«Não é assim que se age. Pode aparecer alguma coisa que mude», diz Maria do Rosário, que acrescenta que é importante que se dê um tempo maior para afirmar com certeza que foi o garoto.

Maria do Rosário tem 35 anos de experiência como perita em São Paulo. «É preciso saber se o menino teria capacidade de dar esse tiro», completa.

Vídeo

Imagens divulgadas na terça-feira pela Polícia Civil mostraram o momento em que o filho do casal, um menino de 13 anos, suspeito de matar a família, chega à escola em que estudava com o carro da mãe.

O vídeo foi registrado por uma câmera de segurança da rua. O garoto teria matado o pai, um sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar); a mãe, também uma policial militar; além da tia-avó e da avó por parte de mãe.

Um amigo reconheceu o colega de colégio ao ver a gravação, segundo a polícia. O garoto sai do veículo e se dirige para a escola. O menino estava com a mesma mochila que foi encontrada por policiais militares na casa da família, após o assassinato.

 

 

Escola

Investigações do DHPP (Departamento de Homicídio de Proteção à Pessoa) de São Paulo revelam que o menino de 13 anos foi à escola após o crime. Depois da aula, o garoto ganhou uma carona até sua casa, onde teria se suicidado.

«Tudo leva a crer, após análise de imagens nas proximidades do colégio, que o menino matou os familiares na noite do domingo e, na segunda-feira, foi de carro até o colégio», afirmou o coronel Benedito Meira em entrevista à Rádio Bandeirantes. Segundo ele, trata-se de «uma tragédia familiar».

O coronel afirmou, ainda, que «todas as pessoas morreram após serem baleadas com a mesma pistola – calibre 40 – que foi encontrada debaixo do garoto. O disparo que ele tomou na cabeça leva a crer que foi um suicídio». “Em 32 anos de polícia nunca vi nada igual”, afirmou o coronel.

Um revólver também foi encontrado pela polícia na mochila do filho do casal de policiais militares.

 

O caso

Um sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), a mulher – também policial militar, a sogra, de 67 anos, a tia da esposa, de 55, e o filho de 13 anos foram encontrados mortos em duas casas de um mesmo terreno, na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo.

O crime, segundo investigações da polícia, teria ocorrido no domingo (4), mas só foi descoberto nesta segunda-feira. O filho do casal de PMs, que também morreu, teria sido o atirador. Depois do crime, ele teria ido à escola, voltado e se matado com um disparo na cabeça.

De acordo com o Comando da PM (Polícia Militar), o sargento da Rota deveria ter entrado no trabalho às 5h e a mulher dele, às 9h. A polícia foi encaminhada até a casa da Brasilândia depois que colegas do 18º Batalhão, da Freguesia do Ó, estranharam a falta da agente.

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